Olá pessoal!
Das questões aqui
divulgadas, algumas entrarão na avaliação do 2º bimestre.
Bons estudos!
1.
(Uem 2013) “Ao criticar o mito e
exaltar a ciência, contraditoriamente o positivismo fez nascer o mito do
cientificismo, ou seja, a crença cega na ciência como única forma de saber
possível. Desse modo, o positivismo mostra-se reducionista, já que, bem
sabemos, a ciência não é a única interpretação válida do real. De fato, existem
outros modos de compreensão, como o senso comum, a filosofia, a arte, a
religião, e nenhuma delas exclui o fato de o mito estar na raiz da
inteligibilidade. A função fabuladora persiste não só nos contos populares, no
folclore, mas também na vida diária, quando proferimos certas palavras ricas de
ressonâncias míticas – casa, lar, amor, pai, mãe, paz, liberdade, morte – cuja
definição objetiva não esgota os significados que ultrapassam os limites da
própria subjetividade.”
(ARANHA, M. L.;
MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. 4ª. ed. rev. São
Paulo: Moderna, 2009, p. 32)
A partir do trecho citado, assinale o que
for correto.
01) Ao contrário da ciência, o senso comum, a
religião e a filosofia refletem uma imagem incompleta e precária do real.
02) O mito do cientificismo é a
aplicação do rigor formal do método científico à dança, à música e a diversas
outras formas de expressão popular.
04) O positivismo utiliza o
inconsciente e o mito como forma de expressão do mundo.
08) Explicações de
caráter mítico, apesar de pertencerem ao período antigo, sobrevivem na
modernidade.
16) A função
fabuladora recupera aspectos do mito que se distinguem da razão e do método
científico.
2. (Unicentro
2012) Sobre o
positivismo, é correto afirmar que é uma doutrina
a) do século II a.C.
b) que acolhe os postulados
socráticos.
c) que privilegia o estudo
metafísico da natureza.
d) que não decorreu do
desenvolvimento das ciências modernas.
e) nascida no
ambiente cientificista nos finais do século XVIII e início do século XIX.
3. (Uff 2012) O positivismo foi um sistema filosófico criado no século XIX por Augusto
Comte e que exerceu grande influência no Brasil, especialmente entre militares,
médicos, cientistas e em algumas correntes de republicanos que participaram
diretamente da proclamação da República e ocuparam postos de governo no início
do novo regime.
Dentre as inovações
adotadas no início do regime republicano brasileiro sob influência de ideias
positivistas estão
a) sufrágio universal, direito
de voto do analfabeto e das mulheres.
b) estatização das fábricas,
coletivização da agricultura e partido único.
c) liberdade sindical, leis
trabalhistas e salário-mínimo.
d) separação da
igreja e do estado, liberdade religiosa e casamento civil.
e) indenização aos
proprietários de escravos, desestímulo à pequena propriedade e abolição de
impostos rurais.
4. (Uem
2010) Um dos
elementos fundamentais da Filosofia contemporânea é o contexto de crise da
razão. Nela, criticam-se pilares da racionalidade moderna, como a ideia de
fundação do conhecimento a partir do sujeito, e a possibilidade de uma ação
moral universal. Com base na afirmação acima, assinale o que for correto.
01) Sören Kierkegaard
(1813-1885), precursor do existencialismo cristão, fez críticas severas à
Filosofia moderna, pois nela o ser humano não aparece como ser existente, mas reduzido
ao conhecimento objetivo.
02) Friedrich Nietzsche
(1844-1900), ao perguntar sobre o valor dos valores, não representa uma
novidade na maneira de formular as questões da Filosofia, sobretudo ao propor o
movimento genealógico.
04) Sigmund Freud (1856-1939),
fundador da Psicanálise, evidencia o papel da racionalidade da consciência e da
unidade do eu, estabelecendo, para determinar as pulsões, a análise sintética a
priori.
08) Michel Foucault
(1926-1984) introduz, no cenário filosófico, o conceito de microfísica do
poder, isto é, a fragmentação do sujeito em torno de um núcleo teórico unívoco,
tanto moral quanto epistêmico.
16) A Escola de Frankfurt
utiliza-se da razão instrumental para criticar os céticos e fundamentar, em
novas bases, o cientificismo.
5. (Ueg
2015) Para
Marx, diante da tentativa humana de explicar a realidade e dar regras de ação,
é preciso considerar as formas de conhecimento ilusório que mascaram os
conflitos sociais. Nesse sentido, a ideologia adquire um caráter negativo,
torna-se um instrumento de dominação na medida em que naturaliza o que deveria
ser explicado como resultado da ação histórico-social dos homens, e
universaliza os interesses de uma classe como interesse de todos. A partir de
tal concepção de ideologia, constata-se que
a) a sociedade
capitalista transforma todas as formas de consciência em representações
ilusórias da realidade conforme os interesses da classe dominante.
b) ao mesmo tempo
que Marx critica a ideologia ele a considera um elemento fundamental no
processo de emancipação da classe trabalhadora.
c) a superação da
cegueira coletiva imposta pela ideologia é um produto do esforço individual
principalmente dos indivíduos da classe dominante.
d) a frase “o
trabalho dignifica o homem” parte de uma noção genérica e abstrata de trabalho,
mascarando as reais condições do trabalho alienado no modo de produção
capitalista.
6. (Ueg 2015) A reflexão sobre o poder político acompanhou a história da filosofia
desde a antiguidade e o pensamento sociológico desde seu surgimento na
sociedade moderna. Nos últimos anos vêm ocorrendo diversas manifestações,
protestos e revoltas em todo mundo. A esse respeito, com base no pensamento
filosófico e sociológico, verifica-se que
a) esses processos
revelam a incompetência do Estado em ser o “cérebro da sociedade”, o que
confirma as teses de Durkheim.
b) essas ações
coletivas podem ser interpretadas como processos derivados da expansão de uma
ética protestante, confirmando as análises de Weber.
c) os movimentos
contestadores atuais expressam um processo de vontade de potência que é
corroborado pela filosofia kantiana.
d) as lutas sociais contemporâneas
revelam as contradições da sociedade capitalista, o que estaria de acordo com a
teoria de Marx.
7. (Uem
2012) “Marx e Hegel
têm em comum a crítica à exacerbação do individualismo egoísta moderno, bem
como das suas consequências, porém discordam quanto às possibilidades de
solução da questão. Um dos elementos fundamentais desse debate é a questão da
soberania política”
(MARÇAL, Jairo
(org.). Antologia de textos filosóficos.
Curitiba: SEED – PR, 2009, p.466.).
Sobre as relações entre indivíduo e Estado,
assinale o que for correto.
01) Karl Marx
considera que a emancipação humana realizar-se-á na sociedade comunista, pois,
nessa sociedade, o indivíduo não será mais submetido a um Estado e à divisão social do trabalho,
podendo, dessa forma, passar do reino da necessidade ao reino da liberdade.
02) Para Karl Marx, a
liberdade do indivíduo, como concebida pelo Estado burguês, não passa de um
formalismo jurídico; é uma ficção da lei, pois o indivíduo só pode ser livre quando a esfera da
produção estiver sujeita ao controle daqueles que produzem.
04) Para G. W. Friedrich Hegel,
o Estado deveria ser substituído pela sociedade civil, pois essa pode
representar os interesses coletivos e é capaz de garantir os interesses de cada
indivíduo.
08) G. W. Friedrich
Hegel critica as teorias políticas contratualistas, segundo as quais os
indivíduos isolados abandonam o estado de natureza para se reunirem em sociedade, por meio
de um pacto, a fim de formar artificialmente o Estado e garantir a liberdade
individual e a propriedade privada.
16) A filosofia
política de Karl Marx fundamenta-se numa nova antropologia, segundo a qual a
natureza humana varia historicamente, pois o indivíduo se produz à medida que transforma a
natureza pelo trabalho dentro de certas relações sociais de produção.
8. (Ufu
2004) Leia o fragmento
abaixo, de Karl Marx.
“Com o próprio funcionamento, o processo
capitalista de produção reproduz, portanto, a separação entre a força de
trabalho e as condições de trabalho, perpetuando, assim, as condições de
exploração do trabalhador. Compele sempre o trabalhador a vender sua força de
trabalho para viver, e capacita sempre o capitalista a comprá-la.”
MARX, K. O
capital, Livro I, O processo de produção do Capital [Vol. II]. Trad. de
Reginaldo Sant.Anna. 11.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1987, p. 672.
De acordo com o filósofo alemão, a condição
do trabalhador na economia capitalista clássica é
I. de realização plena da sua capacidade produtiva,
alcançando a autonomia financeira e a satisfação dos valores existenciais tão
almejados pela humanidade, desde os primórdios da história.
II. de alienação, pois os trabalhadores
possuem apenas sua capacidade de trabalhar, que é vendida ao capitalista em
troca do salário, por isso, a produção não pertence ao trabalhador, sendo-lhe
estranha.
III. de superação da sua condição de ser natural
para tornar-se ser social, liberto graças à divisão do trabalho, que lhe
permite o desenvolvimento completo de suas habilidades naturais na fábrica.
IV. de coisa, isto é, o trabalhador é reificado,
tornando-se mercadoria, cujo preço é o salário, ao passo que as coisas
produzidas pelo trabalhador, na ótica capitalista, parecem dotadas de
existência própria.
Assinale a alternativa que apresenta as
assertivas corretas.
a) II e IV
b) I e II
c) II e III
d) III e IV
9. (Ufu 2002) O filósofo
alemão Karl Marx (1818-1883) afirmou que a totalidade “das relações de produção
forma a estrutura econômica da sociedade, a base real sobre a qual se levanta
uma superestrutura jurídica e política”.
MARX, Karl. Para
a crítica da economia política. Coleção “Os Pensadores”. São Paulo: Abril
Cultural, 1987, pp: 29-30.
Considerando a afirmativa de Karl Marx,
assinale a alternativa correta.
a) O capitalismo industrial
tornou-se realidade efetiva porque não existiu nenhuma contradição entre suas
forças produtivas com as antigas relações de produção.
b) No capitalismo, o
desenvolvimento das forças produtivas conduz a classe operária à realização da
liberdade, ou seja, ao reino da felicidade.
c) É a consciência dos homens
que determina o seu ser, pois as condições materiais são apenas contingências
históricas que independem das forças materiais.
d) O modo de produção da vida material determina as condições concretas em
geral de vida social, política e espiritual
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