domingo, 12 de abril de 2015

REFLEXÕES PARA O 9º ANO

Olá pessoal! estas são as questões que entrarão na avaliação.
A Ratoeira
Um rato olhando pelo buraco da parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que poderia haver ali. Ao descobrir que era uma ratoeira, ficou aterrorizado. Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos. Foi ao galinheiro e falou:
— Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa !!!
A galinha disse:
— Desculpe-me, Senhor Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
O rato foi até o chiqueiro e disse ao porco:
— Há uma ratoeira em casa, uma ratoeira!!!
O porco respondeu:
— Desculpe-me, Senhor Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Ratoeira é pra pegar ratos. Fique tranquilo que o senhor será lembrado nas minhas preces.
O rato dirigiu-se então a vaca. E ela lhe disse:
— O que, Senhor Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!!!
Então o rato voltou para casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro.
Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando uma vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pegado. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pegado a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher… O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre. E todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou sua faca e foi providenciar o ingrediente principal: galinha.
Como a doença da mulher piorava a cada dia, os amigos, parentes e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentar os visitantes, o fazendeiro matou o porco.
Infelizmente, apesar de todos os cuidados, a mulher não melhorou e acabou falecendo. Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca para alimentar aquele povo todo.
conclusão: Na próxima vez em que você ouvir alguém dizer que está diante de um problema e acreditar que esse problema não lhe diz respeito, lembre-se que, quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre o risco.
1. A fábula que você leu tem o objetivo de produzir a reflexão sobre alguns sentimentos e valores que os seres humanos devem preservar. Dentre outros, podemos destacar:
(A) a solidariedade X
(B) a verdade
(C ) a honestidade
(D) a beleza
2. O rato ficou aterrorizado ao ver a ratoeira porque:
(A) a ratoeira estava desarmada.
(B) sentiu-se ameaçado. X
(C) a mulher do fazendeiro corria perigo.
(D) era muito medroso.
3. Ao sair correndo avisando os outros animais da existência de uma ratoeira na fazenda, o rato pretendia:
(A) receber a ajuda dos amigos para se desfazer da perigosa armadilha. X
(B) espalhar um boato.
(C) se divertir com a reação dos amigos.
(D) assustar os companheiros.
4. Podemos classificar a reação da galinha, do porco e da vaca como uma atitude:
(A) amigável
(B) preconceituosa
(C) justa
(D) egoísta X
5. O rato voltou para casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro porque além da preocupação inicial:
(A) suspeitava que talvez houvesse cobras na fazenda.
(B) sabia que estava condenado à morte.

(C) estava muito decepcionado com a atitude dos companheiros. X
(D) tinha medo da mulher do fazendeiro.
6. Assinale V ou F: “A moral da história ensina que…
A. (v   ) numa comunidade deve existir amizade, solidariedade e união entre as pessoas.”
B. (f   ) o problema do outro não nos diz respeito.”
C. (v   ) ignorar um pedido de ajuda pode nos ser fatal.”
D. (f   ) as pessoas não dependem umas das outras.”
E. (v   ) o amor ao próximo deve manifestar-se em atitudes práticas.”
F. (v   ) a vida pode nos punir pela nossa indiferença às necessidades do próximo.”
G. (f  ) cada um deve pensar apenas em si mesmo.”
H. ( v ) o bem estar dos membros de uma comunidade deve ser um objetivo comum.”
                    O ANALFABETO POLÍTICO – Bertold Brecht

O pior analfabeto é o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala, não participa dos acontecimentos políticos.

Ele não sabe que o custo de vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha,
Do aluguel, do sapato e do remédio
Dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha,
E estufa o peito dizendo que odeia  a politica.
Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política,
Nascem a prostituta, o menor abandonado,

O assaltante e o pior de todos os bandidos,
Que é o político vigarista, pilantra, corrupto e

Lacaio das empresas nacionais e multinacionais.

REFLEXÕES PARA 3 ANO

Olá pessoal! As questões em negrito são as corretas.
1. (Ufpa 2013)  “Pode-se referir à consciência, à religião e tudo o que se quiser como distinção entre os homens e os animais; porém, esta distinção só começa quando os homens iniciam a produção dos seus meios de vida [...].
A forma como os indivíduos manifestam a sua vida reflete muito exatamente o que são. O que são coincide portanto com a sua produção, isto é, com aquilo que produzem como com a forma como produzem.”

Marx, K. Ideologia Alemã, Lisboa: Editora Presença, 1980, p. 19.

Considerando que, segundo Marx, a maneira de ser do homem depende de alguns fatores, identifique, no conjunto de fatores listados abaixo, os que, na visão do citado filósofo, distinguem o ser humano:

I. os respectivos modos de produção.
II. a própria produção de sua vida material.
III. a forma de utilidade dos objetos produzidos em sociedade.
IV. o estado de desenvolvimento de sua consciência depende de sua história de vida.
V. a produção dos meios de subsistência tendo em vista o bem comum da sociedade.

Os fatores estão corretamente identificados em:
a) I e II   
b) II e IV   
c) III e IV   
d) II e V   
e) I, III e V   
  
2. (Uem 2013)  “Primeiramente, o trabalho alienado se apresenta como algo externo ao trabalhador, algo que não faz parte de sua personalidade. Assim, o trabalhador não se realiza em seu trabalho, mas nega-se a si mesmo. Permanece no local de trabalho com uma sensação de sofrimento em vez de bem-estar, com um sentimento de bloqueio de suas energias físicas e mentais que provoca cansaço físico e depressão. Nessa situação, o trabalhador só se sente feliz em seus dias de folga, enquanto no trabalho permanece aborrecido. Seu trabalho não é voluntário, mas imposto e
forçado.”

(MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos. Primeiro manuscrito, XXIII. In: COTRIM, G. Fundamentos da Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2006,p. 25-36).


A partir do texto, assinale o que for correto.
01) A alienação do trabalho é fruto do cansaço físico e mental do trabalhador.   
02) A forma de trabalho típica do sistema de produção capitalista não realiza o trabalhador.   
04) Segundo o filósofo, não existe a possibilidade de um trabalho que satisfaça o homem.   
08) Não há bem-estar no trabalho quando ele é imposto e forçado.   
16) Um trabalho feito voluntariamente e que não negue o trabalhador não é um trabalho alienado.   
  
3. (Uem 2013)  O filósofo alemão Karl Marx (1818-1883) afirma que “A totalidade das relações de produção forma a estrutura econômica da sociedade, a base real sobre a qual se levanta uma superestrutura jurídica e política, e à qual correspondem formas sociais determinadas de consciência. O modo de produção da vida material condiciona o processo da vida social, política e espiritual em geral. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas, ao contrário, é o seu ser social que determina sua consciência” (MARX, K. Prefácio. In: Para a crítica da Economia Política. SP: Abril Cultural, 1982, p. 23, apud FIGUEIREDO, V. Filósofos na sala de aula. volume 2. SP: Berlendis & Vertecchia Editores, 2008, p. 121-122). A partir do trecho citado, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) A economia determina o que acontece nas outras partes da vida social — tudo tem que ser explicado pela economia.   
02) Essa teoria marxiana é reducionista, pois tudo se reduz a um princípio explicativo único, o fundamento material.   
04) Antes de serem elementos contraditórios, a superestrutura jurídico-política se articula com a estrutura econômica da sociedade.   
08) A consciência humana não tem o mesmo poder que as relações de produção sobre a determinação do ser social dos homens.   
16) Para a teoria marxiana, somente pode existir entre os homens relações de produção econômica, que são determinadas materialmente.
4. (Uem 2012)  “Marx e Hegel têm em comum a crítica à exacerbação do individualismo egoísta moderno, bem como das suas consequências, porém discordam quanto às possibilidades de solução da questão. Um dos elementos fundamentais desse debate é a questão da soberania política”

(MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED – PR, 2009, p.466.).

Sobre as relações entre indivíduo e Estado, assinale o que for correto.
01) Karl Marx considera que a emancipação humana realizar-se-á na sociedade comunista, pois, nessa sociedade, o indivíduo não será mais submetido a um Estado e à divisão social do trabalho, podendo, dessa forma, passar do reino da necessidade ao reino da liberdade.   
02) Para Karl Marx, a liberdade do indivíduo, como concebida pelo Estado burguês, não passa de um formalismo jurídico; é uma ficção da lei, pois o indivíduo só pode ser livre quando a esfera da produção estiver sujeita ao controle daqueles que produzem.   
04) Para G. W. Friedrich Hegel, o Estado deveria ser substituído pela sociedade civil, pois essa pode representar os interesses coletivos e é capaz de garantir os interesses de cada indivíduo.   
08) G. W. Friedrich Hegel critica as teorias políticas contratualistas, segundo as quais os indivíduos isolados abandonam o estado de natureza para se reunirem em sociedade, por meio de um pacto, a fim de formar artificialmente o Estado e garantir a liberdade individual e a propriedade privada.   
16) A filosofia política de Karl Marx fundamenta-se numa nova antropologia, segundo a qual a natureza humana varia historicamente, pois o indivíduo se produz à medida que transforma a natureza pelo trabalho dentro de certas relações sociais de produção.   
  
5. (Unicentro 2012)  “Na produção social de sua existência, os homens estabelecem relações determinadas, necessárias, independentes da sua vontade, relações de produção que correspondem a um determinado grau de desenvolvimento das forças produtivas materiais.”

IN: Karl Marx, Contribuição à crítica da economia política. São Paulo: Martins Fontes, 1977, p. 23. APUD: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando – introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 4. ed., 2009.

A partir da análise desse fragmento de texto, é correto afirmar:
a) A existência para Marx se reduz à transcendência.   
b) O pensamento marxista pode ser denominado de materialista mecanicista.   
c) As relações de produção para Marx determinam a produção social da existência.   
d) As forças produtivas materiais não têm importância para o pensamento marxista.   
e) O conceito de relações de produção, em Marx, está restrito às classes dominantes.   
  
6. (Uncisal 2012)  Observe o trecho da música “Admirável Gado Novo”, de Zé Ramalho, e perceba que sua análise pode nos levar a discutir o conceito de alienação.

O povo foge da ignorância
Apesar de viver tão perto dela
E sonha com melhores tempos idos
Contemplam essa vida numa cela...
Espera nova possibilidade
De ver este mundo se acabar
A Arca de Noé, o dirigível
Não voam nem se pode flutuar

Seguindo o pensamento de Karl Marx, veremos que a alienação se dá em uma situação determinada que gera toda uma gama de desdobramentos e consequências. Tal situação ocorre na esfera
a) religiosa, por meio das concepções escatológicas.   
b) cientifica, com a ampliação do conhecimento.   
c) política, por meio da organização partidária.   
d) cultural, com o avanço da cultura de massa.   
e) produtiva, a partir das relações de produção.   
  
7. (Ueg 2011)  Um dos elementos mais conhecidos da filosofia de Hegel é a dialética, baseada no pressuposto de que uma ideia (tese) produz uma ideia oposta (antítese), resultando, consequentemente, numa conciliação (síntese) entre as duas ideias opostas. Nesse sentido, ao utilizar esse princípio hegeliano para interpretar os sistemas políticos contemporâneos, percebe-se que a síntese entre os princípios do liberalismo e os do marxismo foi efetivada no
a) Estado de bem-estar social.
b) anarquismo de Bakunin.   
c) nazismo alemão.   
d) fascismo italiano.   
  
8. (Uem 2009)  Opondo-se ao idealismo de Hegel, para quem a história narra o movimento temporal do Espírito, Marx e Engels afirmam que a história constitui-se nas lutas reais dos seres humanos reais, que produzem e reproduzem suas condições materiais de existência, isto é, produzem e reproduzem as relações sociais dentro de antagonismos de classe. Assinale o que for correto.
01) Para Hegel, o movimento do Espírito é um movimento dialético constituído de uma tese, de uma antítese e de uma síntese, é nesse movimento dialético que o Espírito se manifesta na realidade.   
02) O materialismo histórico é dialético, pois afirma que o processo histórico é movido por contradições sociais, sendo a principal a contradição entre o desenvolvimento das forças produtivas e a forma de propriedade dos meios de produção.   
04) Marx afirma que os homens fazem sua própria história, mas não a fazem em condições escolhidas por eles, pois são historicamente determinados pelas condições em que produzem sua vida.   
08) A filosofia política hegeliana preconiza o fim do Estado, pois acredita que, com a extinção do Estado, a violência será eliminada da história e o Espírito encontrará, no quietismo, a paz.   
16) Para Marx, o poder político é a maneira legal e jurídica pela qual a classe economicamente dominante de uma sociedade mantém seu domínio sobre as outras classes sociais.   
  
9. (Uem 2012)  “A ideologia afirma que somos todos cidadãos e, portanto, temos todos os mesmos direitos sociais, econômicos, políticos e culturais. No entanto, sabemos que isso não acontece de fato: as crianças de rua não têm direitos; os idosos não têm direitos; os direitos culturais das crianças nas escolas públicas são inferiores aos das crianças que estão em escolas particulares, pois o ensino não é de mesma qualidade em ambas; os negros e índios são discriminados como inferiores; homossexuais são perseguidos como pervertidos, etc.”

(CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2011. p.218.).

Sobre as formas da ideologia, assinale o que for correto.
01) Direitos das minorias, como movimento dos sem-terra, associações de moradores etc., são direitos individuais e, por isso, não devem ser contemplados pelas políticas públicas.   
02) A função principal da ideologia é ocultar e dissimular as divisões sociais e políticas, dando-lhes a aparência de diferenças naturais entre os seres humanos.   
04) A diferença entre ideologia e senso comum é que a primeira representa uma prática das elites sociais, intelectuais e econômicas, e o segundo representa as classes mais pobres e desfavorecidas.   
08) Pelo seu estatuto de neutralidade e acuidade científica, a filosofia não é ideológica, apenas analítica, sem tomar partido de classes sociais e de classes políticas.   
16) Podem-se associar religião, alienação e ideologia, já que são práticas que podem funcionar como modelos de ação acríticos.   
  
10. (Uema 2011)  A palavra ideologia, criada por Destutt de Tracy (1754-1836), significa estudo da gênese e do desenvolvimento das ideias. Com Karl Marx, o termo ideologia adquiriu um significado crítico e negativo. Identifique, nas opções abaixo, a única que contém informação correta sobre a concepção de Marx sobre ideologia.
a) Conjunto de ideias que apresenta a sociedade dividida em duas classes, dominantes e dominados, visando à conscientização dos indivíduos.   
b) Conjunto de ideias que mostra a totalidade da realidade, levando os indivíduos a compreenderem-na em si mesma.   
c) Conjunto de ideias que dissimula e oculta a realidade, mostrando-a de maneira parcial e distorcida em relação ao que de fato é.   
d) Conjunto de ideias que esclarece de forma contundente a realidade, mostrando que apenas pessoas da classe dominante podem governar.   
e) Conjunto de ideias que estimula a classe dominada a alcançar o poder.   
  
11. (Unesp 2010)  O cônsul do Haiti em São Paulo, George Samuel Antoine, afirmou que a tragédia em seu país “está sendo boa” para que os haitianos fiquem mais conhecidos no Brasil. O diplomata não sabia que estava sendo filmado. As imagens apareceram em reportagem do telejornal SBT Brasil, na noite de quinta-feira (14). “A desgraça de lá está sendo uma boa pra gente aqui, fica conhecido”, disse o cônsul. Antoine atribuiu o desastre em seu país a maldições: “Acho que, de tanto mexer com macumba, não sei o que é aquilo... O africano em si tem maldição”. Depois de criticar as religiões africanas, Antoine aparece, durante a entrevista, segurando um terço. “Esse terço nós usamos porque dá energia positiva, acalma as pessoas. Como estou muito tenso, deprimido com o negócio do Haiti, a gente fica mexendo com vários para se acalmar”, afirmou o cônsul. Na mesa, há outro terço além do que ele está segurando.

(Revista Época, 15.01.2010. Adaptado.)

Assinale a alternativa correta.
a) As declarações do cônsul do Haiti transmitem uma visão positiva sobre valores e práticas culturais de origem africana.   
b) A crítica de Antoine às religiões africanas expressa uma visão de mundo marcada pela tolerância religiosa.   
c) O ponto de vista do cônsul pode ser caracterizado como uma visão de mundo racionalista.   
d) Para o cônsul, a explicação dos motivos que provocaram o terremoto no Haiti relaciona-se exclusivamente com causas físicas, excluindo possíveis intervenções de entidades religiosas.   
e) As declarações do cônsul haitiano revelam uma concepção mística sobre a realidade.   
  
12. (Ufu 2009)  Em Marx, o conceito de ideologia designa uma forma de consciência invertida, que distorce e encobre as formas de dominação existentes nas relações sociais.
Tomando isso em consideração, marque a alternativa que apresenta corretamente a relação entre os conceitos de estrutura e superestrutura no pensamento de Marx.
a) Marx afirma que a superestrutura projeta falsamente as relações sociais de produção como justas, e que uma sociedade igualitária somente poderá surgir com a revolução da estrutura econômica da sociedade.   
b) Marx afirma que a superestrutura jurídica é o fundamento da divisão social do trabalho, e que toda revolução deve principiar com a alteração da legislação que regulamenta a atividade econômica.   
c) Marx afirma que os homens retêm em sua consciência uma imagem transparente das relações sociais de produção, e que somente a alteração da consciência de cada indivíduo pode conduzir à revolução dessas relações sociais de produção.   
d) Marx afirma que a democracia burguesa e os partidos políticos são o motor da história. Logo, toda revolução social principia no domínio político, que é a esfera em que podem se manifestar legitimamente os conflitos de interesses.   
  
13. (Ufu 1998)  Para Locke, os homens em estado de natureza são, cada um, juiz em causa própria; assim é necessário constituir a sociedade civil mediante contrato social para organizar a vida em sociedade. Isto se daria através do pacto, tornando legítimo o poder do Estado. Para ele, o poder
a) encontra-se na soberania do poder executivo.   
b) é confiado aos governantes e não pode ser contestado em hipótese alguma.   
c) é confiado aos governantes, podendo haver insurreição, caso eles não visem o bem público.   
d) é absoluto e não há possibilidade de instituir-se um novo pacto.   
e) é instituído pela vontade geral.   
  
14. (Ufu 1998)  Para Rousseau, o contrato não faz o povo perder a soberania, pois não é criado um Estado separado do próprio povo. Isto é possível, porque
a) o contrato surge de uma visão individualista do homem;o indivíduo preexiste ao Estado e o pacto visa garantir os interesses e a propriedade dos indivíduos.   
b) não existe democracia mas um governo absoluto que não pode ser contestado.   
c) são os interesses privados que expressam a vontade geral e que, através do contrato, criam o Estado.   
d) "a essência humana é ser livre da dependência das vontades alheias, e a liberdade existe como exercício de posse".   
e) soberano é o corpo coletivo que expressa, através da lei, a vontade geral.   
  
15. (Unicentro 2010)  Qual dos argumentos abaixo não caracteriza a crítica feita pela Escola de Frankfurt à razão ocidental?
a) A Escola de Frankfurt confronta-se com a questão da autodestruição da razão, examinando o acasalar de razão e barbárie na história, comprometendo-se, assim, a pensar como é que a razão humana pôde entrar em um conflito tão radical consigo própria.   
b) Para os filósofos da Escola de Frankfurt, principalmente para Adorno e Horkheimer, há uma implicação paradoxal da razão ocidental e do mito: o próprio mito já é razão e a razão volta a ser mitologia da modernidade burguesa, isto é, se o mito se baseia na imitação dos fenômenos naturais, a ciência moderna substitui a mimese pelo princípio de identidade.   
c) Segundo os filósofos da Escola de Frankfurt, a racionalidade moderna deve contrapor ao irracionalismo inerente a sua própria constituição, uma visão instrumental da razão, na tentativa de adequar meios e fins. Para esses filósofos, a razão deve observar e normatizar, calcular, classificar e dominar a natureza, controlando as incoerências, injustiças e os acasos da vida.
d) A racionalidade ocidental configura-se, na crítica feita pela Escola de Frankfurt, como razão de dominação e controle da natureza exterior e interior. Ao separar sujeito e objeto, corpo e alma, natureza e cultura, destitui o indivíduo de seu aspecto empírico e singular, transformando-o em um autômato.   
e) Para a Escola de Frankfurt, a racionalidade moderna adota a mesma atitude com relação aos objetos que o ditador em relação aos homens: conhece-os para melhor os dominar. A crítica desses filósofos se dirigiu a um tipo de saber que quer ser sinônimo de poder, e que tem a técnica como sua essência.   
  
16. (Uel 2005)  “A diversão é o prolongamento do trabalho sob o capitalismo tardio. Ela é procurada por quem quer escapar ao processo de trabalho mecanizado, para se pôr de novo em condições de enfrentá-lo. Mas, ao mesmo tempo, a mecanização atingiu um tal poderio sobre a pessoa em seu lazer e sobre a sua felicidade, ela determina tão profundamente a fabricação das mercadorias destinadas à diversão, que esta pessoa não pode mais perceber outra coisa senão as cópias que reproduzem o próprio processo de trabalho”.

(ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento. Trad. de Guido Antônio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. p.128.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre trabalho e lazer no capitalismo tardio, em Adorno e Horkheimer, é correto afirmar:
a) Há um círculo vicioso que envolve o processo de trabalho e os momentos de lazer. Com o objetivo de fugir do trabalho mecanizado e repor as forças, o indivíduo busca refúgio no lazer, porém o lazer se estrutura com base na mesma lógica mecanizada do trabalho.   
b) Apesar de se apresentarem como duas dimensões de um mesmo processo, lazer e trabalho se diferenciam no capitalismo tardio, na medida em que o primeiro é o espaço do desenvolvimento das potencialidades individuais, a exemplo da reflexão.   
c) Mesmo sendo produzidas de acordo com um esquema mercadológico que fabrica cópias em ritmo industrial, as mercadorias acessadas nos momentos de lazer proporcionam ao indivíduo plena diversão e cultura.   
d) Tanto o trabalho quanto o lazer preservam a autonomia do indivíduo, mesmo nos processos de mecanização que caracterizam a fabricação de mercadorias no capitalismo tardio.   
e) As atividades de lazer no capitalismo tardio, como o cinema e a televisão, são caminhos para a politização e aquisição de cultura pelas massas, aproximando-as das verdadeiras obras de arte.   
  
17. (Unioeste 2013)  Em filosofia política, o contratualismo visa à construção de uma “teoria racional sobre a origem e o fundamento do Estado e da sociedade política”. O modelo contratualista é “... construído com base na grande dicotomia ‘estado (ou sociedade) de natureza / estado (ou sociedade) civil’” (cf. BOBBIO), sendo que a passagem do estado de natureza para o estado civil ocorre mediante o contrato social.

Considerando o texto acima e as diferentes teorias contratualistas, é INCORRETO afirmar que
a) o ponto de partida, no pensamento contratualista, para a análise da origem e fundamento do Estado, é o estado político historicamente existente, cujo princípio de legitimação de sua efetividade histórica é o consenso.   
b) os elementos constitutivos do estado de natureza são indivíduos singulares, livres e iguais uns em relação aos outros, sendo o estado de natureza um estado no qual reinam a igualdade e a liberdade.   
c) para o contratualismo, a sociedade política, em contraposição a qualquer forma de sociedade natural, encontra seu princípio de fundamentação e legitimação no consenso dos indivíduos participantes do contrato social.   
d) diferentemente de Locke, que concebe o estado de natureza como um “estado de relativa paz, concórdia e harmonia”, para Hobbes, o estado de natureza é um estado de guerra generalizada, de todos contra todos, de insegurança e violência.   
e) a passagem do estado de natureza para o estado civil ocorre mediante uma ou mais convenções, ou seja, mediante “um ou mais atos voluntários e deliberados dos indivíduos interessados em sair do estado de natureza”, e ingressar no estado civil.   
  
18. (Enem PPL 2012)


De acordo com algumas teorias políticas, a formação do Estado é explicada pela renúncia que os indivíduos fazem de sua liberdade natural quando, em troca da garantia de direitos individuais, transferem a um terceiro o monopólio do exercício da força. O conjunto dessas teorias é denominado de  
a) liberalismo.    
b) despotismo.    
c) socialismo.    
d) anarquismo.   
e) contratualismo.   
  
19. (Ufpa 2012)  O pensamento liberal concebe, de acordo com o direito supostamente natural, o direito à propriedade, fruto do trabalho, como um bem indispensável à conservação da vida, cabendo ao Estado apenas a garantia, por meio de lei, de sua posse. Já o pensamento marxista concebe o Estado como a expressão política dos interesses econômicos da classe dominante.

A respeito da distinção entre as concepções marxista e liberal, julgue as afirmativas:

I. Há relação entre política e economia, de acordo com o pensamento liberal.
II. A relação entre política e economia supostamente não existe, de acordo com o pensamento liberal.
III. Existe uma relação intrínseca entre política e economia, de acordo com o pensamento marxista.
IV. Reconhece-se uma relativa autonomia da economia em relação à política, no pensamento marxista.

As afirmativas corretas são
a) I e II.   
b) II e III.   
c) II e IV.   
d) I e IV.   
e) III e IV.   
  
20. (Uem 2011)  Com a secularização do pensamento político, filósofos do século XVIII procuram justificar racionalmente o poder do Estado sem a utilização de argumentos religiosos. Recorrem, para isso, à ideia de contrato social como passagem do estado de natureza à sociedade civil.

Sobre o contratualismo clássico, assinale o que for correto.
01) Jean-Jacques Rousseau e Thomas Hobbes estão de acordo quanto à forma de vida do homem pré-social ou natural, pois o recurso ao estado de natureza é unânime e invariável entre os contratualistas clássicos.   
02) Thomas Hobbes ilustra sua teoria política com um monstro bíblico retirado do livro de Jó, o Leviatã, que é um ser artificial e idealizado pelos homens para representar o Estado.   
04) A partir do conceito de vontade geral, Jean-Jacques Rousseau fundamenta sua teoria, para a qual o bem do Estado atinge todos os indivíduos.   
08) O contratualismo clássico confunde, ao recorrer à hipótese do estado de natureza, “origem” (termo lógico) e “início” (termo histórico). Devido a isso, é uma teoria política controversa, na contemporaneidade.   
16) À ideia de pacto social ou contrato, está associado o “problema dos universais”, que vem da Idade Média.    

REFLEXÕES PARA 2 ANO

Olá pessoal! As questões em negrito são as corretas.
1. (Uem 2012)  Afirma o filósofo David Hume (1711-1776):

“Todos os objetos da investigação ou razão humana podem ser naturalmente divididos em duas espécies, quais sejam, relações de ideias e questões de fato. Na primeira estão incluídas as ciências da geometria, álgebra e aritmética, ou, em suma, toda afirmação intuitiva ou demonstrativamente certa. [...] Questões de fato, que são a segunda espécie de objetos da razão humana, não são passíveis de uma certificação como essa, e tampouco nossa evidência de sua verdade, por grande que seja, é da mesma natureza que a precedente.”

(HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. In: Figueiredo, V. (Org.) Filósofos na sala de aula, São Paulo: Berlendis & Vertecchia, 2008, v. 3, p. 107).

Sobre essa noção de ciência, é correto afirmar que
01) a filosofia da ciência de Hume trata de objetos, ou seja, de coisas concretas e materiais.   
02) as ciências matemáticas para Hume possuem certeza e verdade.   
04) as relações de ideias podem ser verdadeiras desde que sejam passíveis de demonstração matemática.   
08) há um domínio de objetos de investigação humana – a que pertencem as questões de fato – que não pode ser demonstrado matematicamente.   
16) a razão humana deve ter como objeto de investigação apenas aquilo que pode ser matematizável.   
  
2. (Ufsj 2011)  A razão, para Hume, é:
a) “a descoberta da verdade ou da falsidade. A verdade e a falsidade consistem no acordo e desacordo seja quanto à relação real de ideias, seja quanto à existência e aos fatos reais”.   
b) “nossas propensões naturais e distinções morais implicam, necessariamente, uma razão inata”.   
c) “os concomitantes da ação induzem a uma concepção notória daquilo que se pode determinar como universo da razão”.   
d) “em sentido estrito e filosófico, a razão nos informa sobre os critérios e conexões entre as paixões e desafetos humanos”.   
  
3. (Ufsj 2005)  Leia o seguinte diálogo:

Filonous: “Só falo a respeito das coisas sensíveis. E sobre estas, pergunto: ‘por existência real das coisas sensíveis entendeis uma existência exterior à mente, e distinta de serem percepcionadas?’.
Hilas: Entendo uma existência real absoluta: distinta, pois, de serem percepcionadas, e até sem casta de relação alguma com isso de serem percepcionadas”.

Considerando o diálogo acima, para Berkeley,

I. as coisas sensíveis têm existência nas mentes.
II. as coisas sensíveis têm existência exterior à mente.
III. há coisas percepcionantes e o próprio dessas coisas é percepcionarem.
IV. as mentes existem em si mesmas e as coisas sensíveis existem nas mentes.
V. as coisas sensíveis são “ideias” ou imagens.

Estão CORRETAS as afirmações:
a) I, III, IV, V   
b) I, II, III, IV   
c) II, III, IV, V   
d) I, II, IV, V   
  
4. (Ufsj 2005)  Considere o diálogo abaixo, da obra de Berkeley.

Hilas: Não neguei que nos corpos haja calor real. Digo tão-somente que nada existe que seja um calor real intenso.

Filonous: É certo; mas é que não considerei naquele instante o fundamento que há para distinguir entre eles, e que agora enxergo com a clareza máxima. E digo o seguinte: o calor intenso não é outra coisa senão modo particular de sensação dolorosa; e como seja que a dor só poderá oferecer-se em um ser capaz de percepções, cumpre concluir que um calor intenso não pode nunca realmente dar-se numa substância corpórea que não percepciona.

Com base nesse diálogo, analise as afirmações a seguir:

I. a dor só existe se for percepcionada.
II. todo grau de calor que for doloroso ou indolor só existe na mente.
III. os corpos externos são incapazes de qualquer calor.
IV. o calor reside nos corpos externos.

V. o calor reside nos corpos externos e internos.
De acordo com essa análise, estão CORRETAS as afirmações
a) II, III, IV   
b) III, IV, V   
c) I, IV, V   
d) I, II, III   
  
5. (Uem 2013)  “É de grande utilidade para o marinheiro saber a extensão de sua linha, embora não possa com ela sondar toda a profundidade do oceano. É conveniente que saiba que era suficientemente longa para alcançar o fundo dos lugares necessários para orientar sua viagem, e preveni-lo de esbarrar contra escolhos que podem destruí-lo. Não nos diz respeito conhecer todas as coisas, mas apenas aquelas que se referem à nossa conduta.”

(LOCKE, John. Ensaio sobre o entendimento humano. In: CHALITA, Gabriel. Vivendo a filosofia: ensino médio. 4.ª ed. São Paulo: Ática, 2011. p. 251).


Com base nessa citação em que John Locke considera os conhecimentos do marinheiro, é correto afirmar que
01) o entendimento humano é ilimitado.   
02) a profundidade do oceano é maior do que o instrumento de medida do marinheiro.   
04) a medida da linha não precisa ser maior do que o necessário para orientar a correta navegação do barco.   
08) a linha está orientada apenas em função da pesca.   
16) a experiência empírica não é válida.   
  
6. (Ufsj 2012)  Ao investigar as origens das ideias, diversos filósofos fizeram interferências importantes no pensamento filosófico da humanidade. Dentre eles, destaca-se o pensamento de John Locke. Assinale a alternativa que expressa as origens das ideias para John Locke.
a) “Não há dúvida de que todo o nosso conhecimento começa com a experiência [...] mas embora todo o nosso conhecimento comece com a experiência, nem por isso todo ele pode ser atribuído a esta, mas à imaginação e à ideia.”   
b) “O que sou eu? Uma substância que pensa. O que é uma substância que pensa? É uma coisa que duvida, que concebe, que afirma, que nega, que quer, que não quer, que imagina e que sente, uma ideia em movimento.   
c) “Quando analisamos nossos pensamentos ou ideias, por mais complexos e sublimes que sejam, sempre descobrimos que se resolvem em ideias simples que são cópias de uma sensação ou sentimento anterior, calcado nas paixões.”   
d) “Afirmo que essas duas, a saber, as coisas materiais externas, como objeto da sensação, e as operações de nossas próprias mentes, como objeto da reflexão, são, a meu ver, os únicos dados originais dos quais as ideias derivam.”   
  
7. (Ueg 2012)  David Hume nasceu na cidade de Edimburgo, em pleno Século das Luzes, denominação pela qual ficou conhecido o século XVIII. Para investigar a origem das ideias e como elas se formam, Hume parte, como a maioria dos filósofos empiristas, do cotidiano das pessoas. Do ponto de vista de um empirista,
a) não existem ideias inatas.   
b) não existem ideias abstratas.   
c) não existem ideias a posteriori.   
d) não existem ideias formadas pela experiência.   
  
8. (Ufsj 2012)  Os termos “impressões” e “ideias”, para David Hume, são, respectivamente, por ele definidos como
a) “nossas percepções mais fortes, tais como nossas sensações, afetos e sentimentos; percepções mais fracas ou cópias daquelas na memória e imaginação”.   
b) “aquilo que se imprime à memória e nos permite ativar a imaginação; lampejos inéditos sobre o objeto e sua natureza”.   
c) “o que fica impresso na memória independentemente da força: ação de criar a partir do dado sensorial”.   
d) vaga noção do sensível; raciocínio com força de lei que legitima a natureza no âmbito da razão”.   
  
9. (Ufsj 2012)  David Hume afirma que “a razão, em sentido estrito e filosófico, só pode influenciar nossa conduta de duas maneiras”, a saber:
a) “a razão por si só funda a moral humana e como tal nela encontra respaldo para instaurar influências, além disso, reduz o campo de influência dogmática sobre a conduta humana”.   
b) “ao reconhecer o estatuto racional que fundamenta e legitima a paixão, a moral se estabelece como consequência dessa razão em si mesma, além de determinar o sujeito que age”.   
c) “despertando uma paixão ao nos informar sobre a existência de alguma coisa que é um objeto próprio dessa paixão ou descobrindo a conexão de causas e efeitos de modo a nos dar meios de exercer uma paixão qualquer”.   
d) “razão e ação prática são princípios ativos fundamentais que conferem poderes aos corpos externos ou às ações racionais ou se fundam, exclusivamente, na intenção que é peculiar ao indivíduo”.   
  
10. (Unicentro 2010)  Assinale a alternativa correta. Para David Hume (1711-1776),
a) a alma é como uma tábula rasa (uma tábua onde não há inscrições), ou seja, o conhecimento só começa depois da experiência sensível.   
b) o que nos faz ultrapassar o dado e afirmar mais do que pode ser alcançado pela experiência é o hábito criado através da observação de casos semelhantes.   
c)  “saber é poder”, ou seja, o conhecimento não é contemplativo e desinteressado, mas sim um saber instrumental, direcionado para a utilidade da ciência para a vida.   
d) as ideias claras e distintas são ideias inatas, não derivam do particular, mas já se encontram no espírito. Por isso, não estão sujeitas ao erro, pois vêm da razão, isto é, são independentes das ideias que vêm “de fora”, formadas pela ação dos sentidos.   
e) o positivismo corresponde à maturidade do espírito humano. O reino da ciência é o reino da necessidade. No mundo da necessidade, não há lugar para a liberdade.   
  
11. (Ufu 2008)  Leia atentamente o texto a seguir sobre a teoria do hábito em David Hume.

E é certo que estamos aventando aqui uma proposição que, se não é verdadeira, é pelo menos muito inteligível, ao afirmarmos que, após a conjunção constante de dois objetos – calor e chama, por exemplo, ou peso e solidez –, é exclusivamente o hábito que nos faz esperar um deles a partir do aparecimento do outro.

HUME, D. Investigações sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral.
São Paulo: Editora UNESP, 2004. p. 75.

Com base na Teoria de Hume e no texto acima, marque a alternativa INCORRETA, ou seja, aquela que de modo algum pode ser uma interpretação adequada desse texto.
a) A conjunção constante entre dois objetos explica a força do hábito e, consequentemente, o procedimento da inferência.   
b) A hipótese do hábito é consequente com a teoria de Hume, de que todo o nosso conhecimento é construído por experiência e observação.   
c) Se a causalidade fosse construída a priori e de modo necessário, não seria preciso recorrer à experiência e à repetição para que de uma causa fosse extraído o respectivo efeito.   
d) O hábito jamais pode ser a base da inferência. Em virtude disso, os conceitos de causa e efeito jamais podem se aplicar a qualquer objeto da experiência.   
  
12. (Uem 2008)  “O hábito é, pois, o grande guia da vida humana. É aquele princípio único que faz com que nossa experiência nos seja útil e nos leve a esperar, no futuro, uma sequência de acontecimentos semelhante às que se verificaram no passado. Sem a ação do hábito, ignoraríamos completamente toda questão de fato além do que está imediatamente presente à memória ou aos sentidos. Jamais saberíamos como adequar os meios aos fins ou como utilizar os nossos poderes naturais na produção de um efeito qualquer. Seria o fim imediato de toda a ação, assim como da maior parte da especulação.”

(HUME, David. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973, pp. 145-146. Os Pensadores).

Com base nesse texto e no seu conhecimento sobre a Filosofia de Hume, assinale o que for correto.
01) Segundo Hume, entre um fenômeno e outro não há conexão causal necessária que possa ser verificada na experiência; é o hábito que explica a noção da relação causa e efeito: por termos visto, várias vezes juntos, dois objetos ou fatos – por exemplo, calor e chama, peso e solidez –, somos levados, pelo costume, a prever um quando o outro se apresenta.   
02) Como representante do racionalismo, Hume afirmou que o princípio de causalidade, lei inexorável que regula todos os acontecimentos da natureza, é inferido da experiência por um processo de raciocínio.
04) Para Hume, o hábito é um falso guia; se não nos fiarmos na razão, fonte do conhecimento verdadeiro, e nos deixarmos conduzir pelo costume, erraremos inevitavelmente em nossas ações e investigações.   
08) É o hábito que nos permite ultrapassar os dados empíricos, os quais possuímos seja na forma de impressão seja na forma de ideias, e afirmar mais do que aquilo o qual pode ser alcançado na experiência imediata.   
16) A ideia de causa é apenas uma ideia geral constituída pela associação de ideias e baseada na crença formada pelo hábito.    
  
13. (Unicamp 2014)  A dúvida é uma atitude que contribui para o surgimento do pensamento filosófico moderno. Neste comportamento, a verdade é atingida através da supressão provisória de todo conhecimento, que passa a ser considerado como mera opinião. A dúvida metódica aguça o espírito crítico próprio da Filosofia.
(Adaptado de Gerd A. Bornheim, Introdução ao filosofar. Porto Alegre: Editora Globo, 1970, p. 11.)

A partir do texto, é correto afirmar que:
a) A Filosofia estabelece que opinião, conhecimento e verdade são conceitos equivalentes.  
b) A dúvida é necessária para o pensamento filosófico, por ser espontânea e dispensar o rigor metodológico.   
c) O espírito crítico é uma característica da Filosofia e surge quando opiniões e verdades são coincidentes.   
d) A dúvida, o questionamento rigoroso e o espírito crítico são fundamentos do pensamento filosófico moderno.   
  
14. (Ufsj 2013)  Leia atentamente os fragmentos abaixo.

I. “Também tem sido frequentemente ensinado que a fé e a santidade não podem ser atingidas pelo estudo e pela razão, mas sim por inspiração sobrenatural, ou infusão, o que, uma vez aceita, não vejo por que razão alguém deveria justificar a sua fé...”.
II. “O homem não é a consequência duma intenção própria duma vontade, dum fim; com ele não se fazem ensaios para obter-se um ideal de humanidade; um ideal de felicidade ou um ideal de moralidade; é absurdo desviar seu ser para um fim qualquer”.
III. “(...) podemos estabelecer como máxima indubitável que nenhuma ação pode ser virtuosa ou moralmente boa, a menos que haja na natureza humana algum motivo que a produza, distinto do senso de sua moralidade”.
IV. “A má-fé é evidentemente uma mentira, porque dissimula a total liberdade do compromisso. No mesmo plano, direi que há também má-fé, escolho declarar que certos valores existem antes de mim (...).”

Os quatro fragmentos de texto acima são, respectivamente, atribuídos aos seguintes pensadores
a) Nietzsche, Sartre, Hobbes, Hume.   
b) Hobbes, Nietzsche, Hume, Sartre.   
c) Hume, Nietzsche, Sartre, Hobbes.   
d) Sartre, Hume, Hobbes, Nietzsche.   
  
15. (Uem 2013)  O filósofo alemão Hegel (1770-1831) afirma que “É tarefa da filosofia conceber o que é, pois, aquilo que é é a razão. No que concerne ao indivíduo, cada um é, de todo modo, um filho de seu tempo; do mesmo modo que a filosofia é seu tempo apreendido em pensamentos” (HEGEL, G. W. F. Excertos e parágrafos traduzidos. In: Antologia de Textos Filosóficos. MARÇAL, J. (org.). Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 314). A partir do trecho citado, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) A razão de algo é o conceito desse algo concebido filosoficamente pelo seu tempo.   
02) Aquilo que é, a essência de algo, é para o filósofo um conceito racional.   
04) O indivíduo, que é filho de seu tempo, do ponto de vista filosófico, pensa os seus problemas a partir de seu momento histórico.   
08) Os conceitos filosóficos, por serem determinados historicamente, estão restritos ao seu tempo e à sua época, não sendo, pois, universais.   
16) A reflexão filosófica está intimamente ligada ao seu momento histórico, visto que leva esse mundo ao plano do conceito.   
  
16. (Uncisal 2011)  No período moderno, emergiu uma escola filosófica que pôs em questão as concepções inatistas e metafísicas de conhecimento. Para os filósofos partidários dessa escola, o conhecimento é sempre decorrente da experiência, jamais podendo existir ideias inatas. O nome dessa corrente filosófica, bem como o nome de um de seus filósofos representativos são, respectivamente:
a) inatismo; Descartes.   
b) idealismo; Kant.   
c) escolástica; Santo Agostinho.   
d) empirismo; Locke.   
e) metafísica; Platão.
17. (Uem 2010)  Hegel criticou o inatismo, o empirismo e o kantismo. Endereçou a todos a mesma crítica, a de não terem compreendido o que há de mais fundamental e essencial à razão: o fato de ela ser histórica. Com base nessa afirmação, assinale o que for correto.
01) Ao afirmar que a razão é histórica, Hegel considera a razão como sendo relativa, isto é, não possui um caráter universal e não pode alcançar a verdade.   
02) Não há para Hegel nenhuma relação entre a razão e a realidade. Submetida às circunstâncias dos eventos históricos, a razão está condenada ao ceticismo, isto é, “ao duvidar sempre”.   
04) A identificação entre razão e história conduz Hegel a desenvolver uma concepção materialista da história e da realidade, negando entre ambas a possibilidade de uma relação dialética.   
08) No sistema hegeliano, a racionalidade não é mais um modelo a ser aplicado, mas é o próprio tecido do real e do pensamento. O mundo é a manifestação da ideia, o real é racional, e o racional é o real.   
16) Karl Marx, ao afirmar, na Ideologia alemã, que não é a história que anda com as pernas das ideias, mas as ideias é que andam com as pernas da história, critica, ao mesmo tempo, o idealismo e a concepção da história de Hegel e dos neo-hegelianos.