domingo, 12 de abril de 2015

REFLEXÕES PARA 3 ANO

Olá pessoal! As questões em negrito são as corretas.
1. (Ufpa 2013)  “Pode-se referir à consciência, à religião e tudo o que se quiser como distinção entre os homens e os animais; porém, esta distinção só começa quando os homens iniciam a produção dos seus meios de vida [...].
A forma como os indivíduos manifestam a sua vida reflete muito exatamente o que são. O que são coincide portanto com a sua produção, isto é, com aquilo que produzem como com a forma como produzem.”

Marx, K. Ideologia Alemã, Lisboa: Editora Presença, 1980, p. 19.

Considerando que, segundo Marx, a maneira de ser do homem depende de alguns fatores, identifique, no conjunto de fatores listados abaixo, os que, na visão do citado filósofo, distinguem o ser humano:

I. os respectivos modos de produção.
II. a própria produção de sua vida material.
III. a forma de utilidade dos objetos produzidos em sociedade.
IV. o estado de desenvolvimento de sua consciência depende de sua história de vida.
V. a produção dos meios de subsistência tendo em vista o bem comum da sociedade.

Os fatores estão corretamente identificados em:
a) I e II   
b) II e IV   
c) III e IV   
d) II e V   
e) I, III e V   
  
2. (Uem 2013)  “Primeiramente, o trabalho alienado se apresenta como algo externo ao trabalhador, algo que não faz parte de sua personalidade. Assim, o trabalhador não se realiza em seu trabalho, mas nega-se a si mesmo. Permanece no local de trabalho com uma sensação de sofrimento em vez de bem-estar, com um sentimento de bloqueio de suas energias físicas e mentais que provoca cansaço físico e depressão. Nessa situação, o trabalhador só se sente feliz em seus dias de folga, enquanto no trabalho permanece aborrecido. Seu trabalho não é voluntário, mas imposto e
forçado.”

(MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos. Primeiro manuscrito, XXIII. In: COTRIM, G. Fundamentos da Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2006,p. 25-36).


A partir do texto, assinale o que for correto.
01) A alienação do trabalho é fruto do cansaço físico e mental do trabalhador.   
02) A forma de trabalho típica do sistema de produção capitalista não realiza o trabalhador.   
04) Segundo o filósofo, não existe a possibilidade de um trabalho que satisfaça o homem.   
08) Não há bem-estar no trabalho quando ele é imposto e forçado.   
16) Um trabalho feito voluntariamente e que não negue o trabalhador não é um trabalho alienado.   
  
3. (Uem 2013)  O filósofo alemão Karl Marx (1818-1883) afirma que “A totalidade das relações de produção forma a estrutura econômica da sociedade, a base real sobre a qual se levanta uma superestrutura jurídica e política, e à qual correspondem formas sociais determinadas de consciência. O modo de produção da vida material condiciona o processo da vida social, política e espiritual em geral. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas, ao contrário, é o seu ser social que determina sua consciência” (MARX, K. Prefácio. In: Para a crítica da Economia Política. SP: Abril Cultural, 1982, p. 23, apud FIGUEIREDO, V. Filósofos na sala de aula. volume 2. SP: Berlendis & Vertecchia Editores, 2008, p. 121-122). A partir do trecho citado, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) A economia determina o que acontece nas outras partes da vida social — tudo tem que ser explicado pela economia.   
02) Essa teoria marxiana é reducionista, pois tudo se reduz a um princípio explicativo único, o fundamento material.   
04) Antes de serem elementos contraditórios, a superestrutura jurídico-política se articula com a estrutura econômica da sociedade.   
08) A consciência humana não tem o mesmo poder que as relações de produção sobre a determinação do ser social dos homens.   
16) Para a teoria marxiana, somente pode existir entre os homens relações de produção econômica, que são determinadas materialmente.
4. (Uem 2012)  “Marx e Hegel têm em comum a crítica à exacerbação do individualismo egoísta moderno, bem como das suas consequências, porém discordam quanto às possibilidades de solução da questão. Um dos elementos fundamentais desse debate é a questão da soberania política”

(MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED – PR, 2009, p.466.).

Sobre as relações entre indivíduo e Estado, assinale o que for correto.
01) Karl Marx considera que a emancipação humana realizar-se-á na sociedade comunista, pois, nessa sociedade, o indivíduo não será mais submetido a um Estado e à divisão social do trabalho, podendo, dessa forma, passar do reino da necessidade ao reino da liberdade.   
02) Para Karl Marx, a liberdade do indivíduo, como concebida pelo Estado burguês, não passa de um formalismo jurídico; é uma ficção da lei, pois o indivíduo só pode ser livre quando a esfera da produção estiver sujeita ao controle daqueles que produzem.   
04) Para G. W. Friedrich Hegel, o Estado deveria ser substituído pela sociedade civil, pois essa pode representar os interesses coletivos e é capaz de garantir os interesses de cada indivíduo.   
08) G. W. Friedrich Hegel critica as teorias políticas contratualistas, segundo as quais os indivíduos isolados abandonam o estado de natureza para se reunirem em sociedade, por meio de um pacto, a fim de formar artificialmente o Estado e garantir a liberdade individual e a propriedade privada.   
16) A filosofia política de Karl Marx fundamenta-se numa nova antropologia, segundo a qual a natureza humana varia historicamente, pois o indivíduo se produz à medida que transforma a natureza pelo trabalho dentro de certas relações sociais de produção.   
  
5. (Unicentro 2012)  “Na produção social de sua existência, os homens estabelecem relações determinadas, necessárias, independentes da sua vontade, relações de produção que correspondem a um determinado grau de desenvolvimento das forças produtivas materiais.”

IN: Karl Marx, Contribuição à crítica da economia política. São Paulo: Martins Fontes, 1977, p. 23. APUD: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando – introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 4. ed., 2009.

A partir da análise desse fragmento de texto, é correto afirmar:
a) A existência para Marx se reduz à transcendência.   
b) O pensamento marxista pode ser denominado de materialista mecanicista.   
c) As relações de produção para Marx determinam a produção social da existência.   
d) As forças produtivas materiais não têm importância para o pensamento marxista.   
e) O conceito de relações de produção, em Marx, está restrito às classes dominantes.   
  
6. (Uncisal 2012)  Observe o trecho da música “Admirável Gado Novo”, de Zé Ramalho, e perceba que sua análise pode nos levar a discutir o conceito de alienação.

O povo foge da ignorância
Apesar de viver tão perto dela
E sonha com melhores tempos idos
Contemplam essa vida numa cela...
Espera nova possibilidade
De ver este mundo se acabar
A Arca de Noé, o dirigível
Não voam nem se pode flutuar

Seguindo o pensamento de Karl Marx, veremos que a alienação se dá em uma situação determinada que gera toda uma gama de desdobramentos e consequências. Tal situação ocorre na esfera
a) religiosa, por meio das concepções escatológicas.   
b) cientifica, com a ampliação do conhecimento.   
c) política, por meio da organização partidária.   
d) cultural, com o avanço da cultura de massa.   
e) produtiva, a partir das relações de produção.   
  
7. (Ueg 2011)  Um dos elementos mais conhecidos da filosofia de Hegel é a dialética, baseada no pressuposto de que uma ideia (tese) produz uma ideia oposta (antítese), resultando, consequentemente, numa conciliação (síntese) entre as duas ideias opostas. Nesse sentido, ao utilizar esse princípio hegeliano para interpretar os sistemas políticos contemporâneos, percebe-se que a síntese entre os princípios do liberalismo e os do marxismo foi efetivada no
a) Estado de bem-estar social.
b) anarquismo de Bakunin.   
c) nazismo alemão.   
d) fascismo italiano.   
  
8. (Uem 2009)  Opondo-se ao idealismo de Hegel, para quem a história narra o movimento temporal do Espírito, Marx e Engels afirmam que a história constitui-se nas lutas reais dos seres humanos reais, que produzem e reproduzem suas condições materiais de existência, isto é, produzem e reproduzem as relações sociais dentro de antagonismos de classe. Assinale o que for correto.
01) Para Hegel, o movimento do Espírito é um movimento dialético constituído de uma tese, de uma antítese e de uma síntese, é nesse movimento dialético que o Espírito se manifesta na realidade.   
02) O materialismo histórico é dialético, pois afirma que o processo histórico é movido por contradições sociais, sendo a principal a contradição entre o desenvolvimento das forças produtivas e a forma de propriedade dos meios de produção.   
04) Marx afirma que os homens fazem sua própria história, mas não a fazem em condições escolhidas por eles, pois são historicamente determinados pelas condições em que produzem sua vida.   
08) A filosofia política hegeliana preconiza o fim do Estado, pois acredita que, com a extinção do Estado, a violência será eliminada da história e o Espírito encontrará, no quietismo, a paz.   
16) Para Marx, o poder político é a maneira legal e jurídica pela qual a classe economicamente dominante de uma sociedade mantém seu domínio sobre as outras classes sociais.   
  
9. (Uem 2012)  “A ideologia afirma que somos todos cidadãos e, portanto, temos todos os mesmos direitos sociais, econômicos, políticos e culturais. No entanto, sabemos que isso não acontece de fato: as crianças de rua não têm direitos; os idosos não têm direitos; os direitos culturais das crianças nas escolas públicas são inferiores aos das crianças que estão em escolas particulares, pois o ensino não é de mesma qualidade em ambas; os negros e índios são discriminados como inferiores; homossexuais são perseguidos como pervertidos, etc.”

(CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2011. p.218.).

Sobre as formas da ideologia, assinale o que for correto.
01) Direitos das minorias, como movimento dos sem-terra, associações de moradores etc., são direitos individuais e, por isso, não devem ser contemplados pelas políticas públicas.   
02) A função principal da ideologia é ocultar e dissimular as divisões sociais e políticas, dando-lhes a aparência de diferenças naturais entre os seres humanos.   
04) A diferença entre ideologia e senso comum é que a primeira representa uma prática das elites sociais, intelectuais e econômicas, e o segundo representa as classes mais pobres e desfavorecidas.   
08) Pelo seu estatuto de neutralidade e acuidade científica, a filosofia não é ideológica, apenas analítica, sem tomar partido de classes sociais e de classes políticas.   
16) Podem-se associar religião, alienação e ideologia, já que são práticas que podem funcionar como modelos de ação acríticos.   
  
10. (Uema 2011)  A palavra ideologia, criada por Destutt de Tracy (1754-1836), significa estudo da gênese e do desenvolvimento das ideias. Com Karl Marx, o termo ideologia adquiriu um significado crítico e negativo. Identifique, nas opções abaixo, a única que contém informação correta sobre a concepção de Marx sobre ideologia.
a) Conjunto de ideias que apresenta a sociedade dividida em duas classes, dominantes e dominados, visando à conscientização dos indivíduos.   
b) Conjunto de ideias que mostra a totalidade da realidade, levando os indivíduos a compreenderem-na em si mesma.   
c) Conjunto de ideias que dissimula e oculta a realidade, mostrando-a de maneira parcial e distorcida em relação ao que de fato é.   
d) Conjunto de ideias que esclarece de forma contundente a realidade, mostrando que apenas pessoas da classe dominante podem governar.   
e) Conjunto de ideias que estimula a classe dominada a alcançar o poder.   
  
11. (Unesp 2010)  O cônsul do Haiti em São Paulo, George Samuel Antoine, afirmou que a tragédia em seu país “está sendo boa” para que os haitianos fiquem mais conhecidos no Brasil. O diplomata não sabia que estava sendo filmado. As imagens apareceram em reportagem do telejornal SBT Brasil, na noite de quinta-feira (14). “A desgraça de lá está sendo uma boa pra gente aqui, fica conhecido”, disse o cônsul. Antoine atribuiu o desastre em seu país a maldições: “Acho que, de tanto mexer com macumba, não sei o que é aquilo... O africano em si tem maldição”. Depois de criticar as religiões africanas, Antoine aparece, durante a entrevista, segurando um terço. “Esse terço nós usamos porque dá energia positiva, acalma as pessoas. Como estou muito tenso, deprimido com o negócio do Haiti, a gente fica mexendo com vários para se acalmar”, afirmou o cônsul. Na mesa, há outro terço além do que ele está segurando.

(Revista Época, 15.01.2010. Adaptado.)

Assinale a alternativa correta.
a) As declarações do cônsul do Haiti transmitem uma visão positiva sobre valores e práticas culturais de origem africana.   
b) A crítica de Antoine às religiões africanas expressa uma visão de mundo marcada pela tolerância religiosa.   
c) O ponto de vista do cônsul pode ser caracterizado como uma visão de mundo racionalista.   
d) Para o cônsul, a explicação dos motivos que provocaram o terremoto no Haiti relaciona-se exclusivamente com causas físicas, excluindo possíveis intervenções de entidades religiosas.   
e) As declarações do cônsul haitiano revelam uma concepção mística sobre a realidade.   
  
12. (Ufu 2009)  Em Marx, o conceito de ideologia designa uma forma de consciência invertida, que distorce e encobre as formas de dominação existentes nas relações sociais.
Tomando isso em consideração, marque a alternativa que apresenta corretamente a relação entre os conceitos de estrutura e superestrutura no pensamento de Marx.
a) Marx afirma que a superestrutura projeta falsamente as relações sociais de produção como justas, e que uma sociedade igualitária somente poderá surgir com a revolução da estrutura econômica da sociedade.   
b) Marx afirma que a superestrutura jurídica é o fundamento da divisão social do trabalho, e que toda revolução deve principiar com a alteração da legislação que regulamenta a atividade econômica.   
c) Marx afirma que os homens retêm em sua consciência uma imagem transparente das relações sociais de produção, e que somente a alteração da consciência de cada indivíduo pode conduzir à revolução dessas relações sociais de produção.   
d) Marx afirma que a democracia burguesa e os partidos políticos são o motor da história. Logo, toda revolução social principia no domínio político, que é a esfera em que podem se manifestar legitimamente os conflitos de interesses.   
  
13. (Ufu 1998)  Para Locke, os homens em estado de natureza são, cada um, juiz em causa própria; assim é necessário constituir a sociedade civil mediante contrato social para organizar a vida em sociedade. Isto se daria através do pacto, tornando legítimo o poder do Estado. Para ele, o poder
a) encontra-se na soberania do poder executivo.   
b) é confiado aos governantes e não pode ser contestado em hipótese alguma.   
c) é confiado aos governantes, podendo haver insurreição, caso eles não visem o bem público.   
d) é absoluto e não há possibilidade de instituir-se um novo pacto.   
e) é instituído pela vontade geral.   
  
14. (Ufu 1998)  Para Rousseau, o contrato não faz o povo perder a soberania, pois não é criado um Estado separado do próprio povo. Isto é possível, porque
a) o contrato surge de uma visão individualista do homem;o indivíduo preexiste ao Estado e o pacto visa garantir os interesses e a propriedade dos indivíduos.   
b) não existe democracia mas um governo absoluto que não pode ser contestado.   
c) são os interesses privados que expressam a vontade geral e que, através do contrato, criam o Estado.   
d) "a essência humana é ser livre da dependência das vontades alheias, e a liberdade existe como exercício de posse".   
e) soberano é o corpo coletivo que expressa, através da lei, a vontade geral.   
  
15. (Unicentro 2010)  Qual dos argumentos abaixo não caracteriza a crítica feita pela Escola de Frankfurt à razão ocidental?
a) A Escola de Frankfurt confronta-se com a questão da autodestruição da razão, examinando o acasalar de razão e barbárie na história, comprometendo-se, assim, a pensar como é que a razão humana pôde entrar em um conflito tão radical consigo própria.   
b) Para os filósofos da Escola de Frankfurt, principalmente para Adorno e Horkheimer, há uma implicação paradoxal da razão ocidental e do mito: o próprio mito já é razão e a razão volta a ser mitologia da modernidade burguesa, isto é, se o mito se baseia na imitação dos fenômenos naturais, a ciência moderna substitui a mimese pelo princípio de identidade.   
c) Segundo os filósofos da Escola de Frankfurt, a racionalidade moderna deve contrapor ao irracionalismo inerente a sua própria constituição, uma visão instrumental da razão, na tentativa de adequar meios e fins. Para esses filósofos, a razão deve observar e normatizar, calcular, classificar e dominar a natureza, controlando as incoerências, injustiças e os acasos da vida.
d) A racionalidade ocidental configura-se, na crítica feita pela Escola de Frankfurt, como razão de dominação e controle da natureza exterior e interior. Ao separar sujeito e objeto, corpo e alma, natureza e cultura, destitui o indivíduo de seu aspecto empírico e singular, transformando-o em um autômato.   
e) Para a Escola de Frankfurt, a racionalidade moderna adota a mesma atitude com relação aos objetos que o ditador em relação aos homens: conhece-os para melhor os dominar. A crítica desses filósofos se dirigiu a um tipo de saber que quer ser sinônimo de poder, e que tem a técnica como sua essência.   
  
16. (Uel 2005)  “A diversão é o prolongamento do trabalho sob o capitalismo tardio. Ela é procurada por quem quer escapar ao processo de trabalho mecanizado, para se pôr de novo em condições de enfrentá-lo. Mas, ao mesmo tempo, a mecanização atingiu um tal poderio sobre a pessoa em seu lazer e sobre a sua felicidade, ela determina tão profundamente a fabricação das mercadorias destinadas à diversão, que esta pessoa não pode mais perceber outra coisa senão as cópias que reproduzem o próprio processo de trabalho”.

(ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento. Trad. de Guido Antônio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. p.128.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre trabalho e lazer no capitalismo tardio, em Adorno e Horkheimer, é correto afirmar:
a) Há um círculo vicioso que envolve o processo de trabalho e os momentos de lazer. Com o objetivo de fugir do trabalho mecanizado e repor as forças, o indivíduo busca refúgio no lazer, porém o lazer se estrutura com base na mesma lógica mecanizada do trabalho.   
b) Apesar de se apresentarem como duas dimensões de um mesmo processo, lazer e trabalho se diferenciam no capitalismo tardio, na medida em que o primeiro é o espaço do desenvolvimento das potencialidades individuais, a exemplo da reflexão.   
c) Mesmo sendo produzidas de acordo com um esquema mercadológico que fabrica cópias em ritmo industrial, as mercadorias acessadas nos momentos de lazer proporcionam ao indivíduo plena diversão e cultura.   
d) Tanto o trabalho quanto o lazer preservam a autonomia do indivíduo, mesmo nos processos de mecanização que caracterizam a fabricação de mercadorias no capitalismo tardio.   
e) As atividades de lazer no capitalismo tardio, como o cinema e a televisão, são caminhos para a politização e aquisição de cultura pelas massas, aproximando-as das verdadeiras obras de arte.   
  
17. (Unioeste 2013)  Em filosofia política, o contratualismo visa à construção de uma “teoria racional sobre a origem e o fundamento do Estado e da sociedade política”. O modelo contratualista é “... construído com base na grande dicotomia ‘estado (ou sociedade) de natureza / estado (ou sociedade) civil’” (cf. BOBBIO), sendo que a passagem do estado de natureza para o estado civil ocorre mediante o contrato social.

Considerando o texto acima e as diferentes teorias contratualistas, é INCORRETO afirmar que
a) o ponto de partida, no pensamento contratualista, para a análise da origem e fundamento do Estado, é o estado político historicamente existente, cujo princípio de legitimação de sua efetividade histórica é o consenso.   
b) os elementos constitutivos do estado de natureza são indivíduos singulares, livres e iguais uns em relação aos outros, sendo o estado de natureza um estado no qual reinam a igualdade e a liberdade.   
c) para o contratualismo, a sociedade política, em contraposição a qualquer forma de sociedade natural, encontra seu princípio de fundamentação e legitimação no consenso dos indivíduos participantes do contrato social.   
d) diferentemente de Locke, que concebe o estado de natureza como um “estado de relativa paz, concórdia e harmonia”, para Hobbes, o estado de natureza é um estado de guerra generalizada, de todos contra todos, de insegurança e violência.   
e) a passagem do estado de natureza para o estado civil ocorre mediante uma ou mais convenções, ou seja, mediante “um ou mais atos voluntários e deliberados dos indivíduos interessados em sair do estado de natureza”, e ingressar no estado civil.   
  
18. (Enem PPL 2012)


De acordo com algumas teorias políticas, a formação do Estado é explicada pela renúncia que os indivíduos fazem de sua liberdade natural quando, em troca da garantia de direitos individuais, transferem a um terceiro o monopólio do exercício da força. O conjunto dessas teorias é denominado de  
a) liberalismo.    
b) despotismo.    
c) socialismo.    
d) anarquismo.   
e) contratualismo.   
  
19. (Ufpa 2012)  O pensamento liberal concebe, de acordo com o direito supostamente natural, o direito à propriedade, fruto do trabalho, como um bem indispensável à conservação da vida, cabendo ao Estado apenas a garantia, por meio de lei, de sua posse. Já o pensamento marxista concebe o Estado como a expressão política dos interesses econômicos da classe dominante.

A respeito da distinção entre as concepções marxista e liberal, julgue as afirmativas:

I. Há relação entre política e economia, de acordo com o pensamento liberal.
II. A relação entre política e economia supostamente não existe, de acordo com o pensamento liberal.
III. Existe uma relação intrínseca entre política e economia, de acordo com o pensamento marxista.
IV. Reconhece-se uma relativa autonomia da economia em relação à política, no pensamento marxista.

As afirmativas corretas são
a) I e II.   
b) II e III.   
c) II e IV.   
d) I e IV.   
e) III e IV.   
  
20. (Uem 2011)  Com a secularização do pensamento político, filósofos do século XVIII procuram justificar racionalmente o poder do Estado sem a utilização de argumentos religiosos. Recorrem, para isso, à ideia de contrato social como passagem do estado de natureza à sociedade civil.

Sobre o contratualismo clássico, assinale o que for correto.
01) Jean-Jacques Rousseau e Thomas Hobbes estão de acordo quanto à forma de vida do homem pré-social ou natural, pois o recurso ao estado de natureza é unânime e invariável entre os contratualistas clássicos.   
02) Thomas Hobbes ilustra sua teoria política com um monstro bíblico retirado do livro de Jó, o Leviatã, que é um ser artificial e idealizado pelos homens para representar o Estado.   
04) A partir do conceito de vontade geral, Jean-Jacques Rousseau fundamenta sua teoria, para a qual o bem do Estado atinge todos os indivíduos.   
08) O contratualismo clássico confunde, ao recorrer à hipótese do estado de natureza, “origem” (termo lógico) e “início” (termo histórico). Devido a isso, é uma teoria política controversa, na contemporaneidade.   
16) À ideia de pacto social ou contrato, está associado o “problema dos universais”, que vem da Idade Média.    

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