domingo, 13 de setembro de 2015

AVAL. 3º ano III bim 15



Aval 3º ano III bimestre
Atenção: as questões com um ( E ) na frente estão erradas. As demais são corretas.

1. (Uem 2013)  Assinale o que for correto.
E01) Como há uma separação clara entre o que é verdadeiro, portanto campo do juízo científico, e do que é belo, campo do juízo estético, poucos filósofos se dedicaram à investigação do juízo do gosto.   
02) Walter Benjamin ponderava, em uma visão otimista da sociedade industrial, que a reprodução técnica da obra de arte – em livros, nas artes gráficas, na fotografia, no rádio e no cinema – propiciaria um movimento de democratização da cultura e das artes.   
04) Kant, ao investigar os problemas da subjetividade do juízo do gosto, considerava a beleza como uma categoria universal da razão e, a partir da discussão sobre a beleza, propunha ser possível atingir um juízo estético possível de ser compartilhado por todos.   
08) Os iluministas consideravam que era na contemplação desinteressada da obra que se dava o sentimento estético, porém tal contemplação dependia do refinamento da sensibilidade, que deveria ser alcançado pela educação.   
E16) A arte midiática, que atinge um número muito maior de indivíduos, proporciona uma maior concordância de opiniões no que se refere ao juízo do gosto. Tal fato prova que a arte de massa é mais verdadeira do que as manifestações individualizadas, que propiciam juízos de valor muito mais particulares.   
  
2. (Uem 2013)  “Ao criticar o mito e exaltar a ciência, contraditoriamente o positivismo fez nascer o mito do cientificismo, ou seja, a crença cega na ciência como única forma de saber possível. Desse modo, o positivismo mostra-se reducionista, já que, bem sabemos, a ciência não é a única interpretação válida do real. De fato, existem outros modos de compreensão, como o senso comum, a filosofia, a arte, a religião, e nenhuma delas exclui o fato de o mito estar na raiz da inteligibilidade. A função fabuladora persiste não só nos contos populares, no folclore, mas também na vida diária, quando proferimos certas palavras ricas de ressonâncias míticas – casa, lar, amor, pai, mãe, paz, liberdade, morte – cuja definição objetiva não esgota os significados que ultrapassam os limites da própria subjetividade.”
(ARANHA, M. L.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. 4ª. ed. rev. São Paulo: Moderna, 2009, p. 32)
A partir do trecho citado, assinale o que for correto.
E01) Ao contrário da ciência, o senso comum, a religião e a filosofia refletem uma imagem incompleta e precária do real.   
E02) O mito do cientificismo é a aplicação do rigor formal do método científico à dança, à música e a diversas outras formas de expressão popular.   
E04) O positivismo utiliza o inconsciente e o mito como forma de expressão do mundo.   
08) Explicações de caráter mítico, apesar de pertencerem ao período antigo, sobrevivem na modernidade.   
16) A função fabuladora recupera aspectos do mito que se distinguem da razão e do método científico.   
  
3. (Uem 2013)  “A obra de arte é o resultado de uma operação conjunta da natureza e do espírito, que se dá no artista considerado como “gênio”, isto é, que cria sob o impulso obscuro da natureza; é o resultado de uma conjunção, ou melhor, de uma coincidência entre este impulso natural, inconsciente, e a atividade consciente, livre, voluntária. ‘A atividade livre torna-se involuntária’, e a atividade espontânea, instintiva, torna-se livre. O artista está acima ou aquém dos contrários, na origem das coisas, semelhante a Deus. Ligando-se à origem das coisas, ele consegue decifrar a natureza inteira como um hieróglifo ou como uma obra cujo segredo conhece.”
(HAAR, M. A obra de arte. Tradução de Maria Helena Kuhner. 2ª. ed. Rio de Janeiro: DIFEL, 2007, p. 42-3. Coleção Enfoques – Filosofia)
Sobre o excerto citado, assinale o que for correto.
01) A arte é uma forma de saber ou um conhecimento que revela a natureza implícita das coisas.   
02) O gênio é um conceito estético utilizado para designar a atividade criadora do artista.   
04) Na obra de arte genial, liberdade do espírito e necessidade da matéria são coincidentes.   
08) Como os hieróglifos, as obras de arte precisam ser interpretadas.   
E16) A arte deforma a natureza, pois o artista, ao contrário de Deus, não é perfeito.   
  
4. (Uem 2012)  “Para os filósofos gregos, a poesia, a pintura, a escultura e até mesmo a música são artes miméticas, que têm por essência a imitação”
(NUNES, Benedito. Introdução à filosofia da arte. 5ª. ed. São Paulo: Ática, 2010, p.37).
Sobre o estatuto da mímesis, assinale o que for correto.
01) Para Platão, a pintura e a escultura não imitam a ideia, a forma essencial, que é a verdadeira realidade, mas a aparência sensível, defectiva e ilusória, que o conhecimento intelectual tem por fim corrigir e conceitualizar.   
02) Aristóteles acredita que no homem a tendência imitativa está associada à própria razão, a qual se manifesta na arte, que é um modo correto e racional de fazer e de produzir.   
E04) No teatro, o caráter mimético da arte expressa-se no uso da máscara, usada pelo herói, visto que representa sua verdadeira personalidade.   
E08) Entre os pré-socráticos, Heráclito defende o caráter mimético da arte, cuja função é representar a unidade harmônica da natureza.   
16) Para Sócrates, o artista, particularmente o escultor, quando na obra de arte alcança a beleza, consegue reproduzir o estado interior, os movimentos da alma do seu modelo.   
  
5. (Uem 2012)  “A Estética, enquanto reflexão filosófica, busca compreender, num primeiro momento, o que é beleza, o que é belo. A preocupação com o belo, com a arte e com a sensibilidade” é própria da reflexão estética. Não se trata de “uma discussão de preferências, simplesmente com o fim de uniformizar os gostos. Então, ela não poderá ser normativa, determinando o que deve ser, obrigatoriamente, apreciado por todos.”
(Filosofia. Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006, p. 272).
Ainda assim, a tentativa de uma definição do belo vem acompanhando a História da Arte há muito tempo, sendo correto afirmar que
E01) os padrões clássicos de beleza, como harmonia, simetria, equilíbrio e proporcionalidade exerceram uma influência tão acentuada em todos os períodos da História, que só viriam a ser confrontados nos anos 60 do século XX, com a Pop Art de Andy Warhol.   
02) o desenvolvimento da sociedade industrial e as inovações nas tecnologias de comunicações passaram a interferir na formação e no redimensionamento dos padrões de beleza. O poder dos veículos de comunicação de massa buscou uniformizar, cada vez mais, esses ideais de beleza, direcionando-os para o consumo.   
04) Sócrates, já na antiguidade, lançava mão de um conceito familiar aos tempos modernos, algo como uma estética funcionalista, ao associar o belo ao útil pois, para ele, sempre que um objeto cumpria sua função era belo. Desta forma, o filósofo refletia, em parte, o pensamento artístico grego.   
08) na Idade Média, com a valorização da fé e da espiritualidade trazida pelo cristianismo, o corpo humano foi associado ao mundo material e aos valores terrenos. Em consequência disso, passou a ser visto como oposto à busca do divino, tornando-se símbolo do pecado e contrário ao que se considerava belo.   
16) Aristóteles associava o conceito de belo ao conceito de bom, e, para ele, as artes tinham uma função moral e social, ao reforçarem os laços da comunidade. Por esse motivo, preferia a tragédia, pois, nela, a imitação das ações humanas (boas ou más) reproduziriam um efeito chamado de catarse, ou seja, uma purificação dos sentimentos ruins a partir da sua visualização na arte.   
  
6. (Uem 2010)  “Sob o nome de estética encontramos o ramo da filosofia que estuda racionalmente o belo e o sentimento que suscita nos seres humanos.”
(ARANHA, Maria L. de Arruda e MARTINS, Maria H. Pires. Filosofando: introdução à filosofia p.369.)
Sobre os conceitos da filosofia aplicados à experiência estética, assinale o que for correto.
E01) O processo criador das artes, no período clássico, é desarmônico e acidentado, sem prender-se ao estudo da proporção e das leis áureas de composição, simetria e enquadramento.   
02) Marcel Duchamp, sob o pseudônimo de R. Mutt, colocou um mictório como peça de exposição num museu, atacando, com esse gesto, o conceito de arte clássica.   
E04) Merleau-Ponty, em O olho e o espírito, aproxima-se de Lessing e do tema clássico “ut pictura poiesis” [como a poesia, a pintura], afirmando que a poesia pinta com as palavras e a pintura escreve com as cores.   
08) Martin Heidegger, depois de 1930, abandona o projeto esboçado em seu livro Ser e tempo e retorna aos poetas, sobretudo Hölderlin e Rilke, tendo em vista a faculdade nominativa e ontológica da linguagem.   
16) São conceitos fundamentais da estética de Nietzsche o apolíneo e o dionisíaco, garantindo para a arte aspectos essenciais da existência, como o irracional e o inconsciente.   
  
7. (Uem 2013)  Considerando seus conhecimentos sobre os processos de desigualdade social, assinale o que for correto.
01) Martin Luther King é um dos principais nomes associados aos movimentos de luta por direitos civis nos Estados Unidos no século XX, representando as ações contra o racismo e contra a segregação naquele país.   
02) O apartheid foi um sistema de leis que vigorou na África do Sul durante o século XX, estabelecendo os domínios político, social e econômico da população branca sobre a maioria negra naquele país. Nelson Mandela, um dos líderes do movimento contra o apartheid, foi condenado à prisão pelo governo africano nos anos de 1960 e libertado na década de 1990, após a destituição legal do regime de segregação racial.   
E04) Os casos de estupro coletivo ocorridos na Índia, os quais vêm sendo constantemente anunciados pela mídia, não podem ser considerados fatos de violação aos direitos humanos, uma vez que obedecem a uma lógica cultural e religiosa característica do sistema de castas indiano.   
08) No Brasil, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, criada em 1995, é uma comissão permanente da Câmara de Deputados e tem como uma de suas atribuições garantir a aplicação do princípio de que toda pessoa tem direitos básicos e inalienáveis que devem ser protegidos pelo Estado.   
16) No Brasil, a Lei 11.340, de 7 de agosto de 2006, mais conhecida como Lei Maria da Penha, cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher e representa um importante avanço no combate à discriminação de gênero no Brasil.   
  
8. (Uem 2012)  Assinale o que for correto sobre os significados atribuídos aos conceitos de “cidadania” e de “cidadão”, em distintos momentos históricos.
E01) Durante a Idade Média, o único trabalhador era o servo da gleba, que lutou para ter seus direitos políticos e sua cidadania reconhecidos pelos senhores feudais.   
02) Em cidades-estado (pólis) da Grécia Antiga, como Atenas, os escravos e os estrangeiros não eram considerados cidadãos.   
04) Em nossos dias, a cidadania está diretamente vinculada aos direitos humanos, que tiveram seu reconhecimento formal com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela ONU.   
08) No começo da Idade Moderna, havia uma separação entre o homem urbano e o homem rural; o termo “cidadão” se referia ao habitante da cidade e não diretamente às questões políticas.   
16) A partir do final do século XVIII, com a Revolução Francesa e a Independência dos EUA, o conceito de cidadania ampliou-se e aprofundou-se, até alcançar todos os indivíduos das sociedades democráticas modernas.   
  
9. (Uem 2012)  Sobre o Estado de Bem-Estar Social, implementado em diferentes nações capitalistas no século XX, assinale o que for correto.
E01) Fundamentava-se em uma doutrina econômica que pregava a livre regulação dos mercados e, consequentemente, a não intervenção estatal nos assuntos relacionados à produção material.   
02) Surge como estratégia de reversão da crise econômica das primeiras décadas do século XX, por meio de políticas anticíclicas.   
04) As políticas de pleno emprego, inspiradas no modelo econômico proposto por John Maynard Keynes, foram estratégias comuns a todos os países que implementaram versões do Estado de Bem-Estar.   
08) Os altos investimentos públicos, necessários para a efetivação das políticas anticíclicas, foram obtidos por meio da criação de impostos ou elevação de alíquotas já existentes.   
E16) O desenvolvimento do Estado de Bem-Estar Social gerou, nos países de industrialização avançada, um acirramento da concentração de renda nas mãos de uma minoria privilegiada.   
  
10. (Uem-pas 2011)  A respeito da monarquia absolutista que vigorou na Europa no início da era moderna, é correto afirmar que
E01) foi uma forma de governo adotada pelos senhores feudais, camponeses e clero católico contra as ameaças representadas pelo desenvolvimento da burguesia.   
E02) teve como um representante típico o imperador romano Constantino, do século IV d.C.   
E04) o monarca exercia um poder de forma democrática, ouvindo todos os setores da sociedade.   
08) o monarca intervinha vigorosamente na vida econômica, buscando fazer alianças com a burguesia, classe em ascensão.   
16) a monarquia valeu-se da teoria do direito divino dos reis, para se legitimar.   
  
11. (Uem 2011)  Sobre a organização dos Estados Nacionais no século XX, assinale o que for correto.
01) Tanto os Estados nazifascistas quanto o Estado soviético originaram-se como reação aos princípios e práticas do liberalismo político e econômico.   
E02) A defesa da raça ariana e de princípios políticos nacionalistas afastou o Estado nazista das práticas expansionistas que caracterizaram outros Estados nacionais europeus, na primeira metade do século XX.   
04) Nos países de industrialização tardia, como foi o caso da Itália e da Alemanha, a organização de Estados totalitários serviu para acelerar a monopolização interna de capital e combater as crises econômicas internas.   
08) No Brasil, a ditadura do Estado Novo se distinguiu dos regimes totalitários europeus, por não possuir um partido de massa e uma ideologia organizada.   
16) Após o fim da Segunda Guerra Mundial, o modelo estatal soviético, caracterizado pela planificação econômica e centralização política, ampliou sua influência nos países da Europa oriental.   
  
12. (Uem 2009)  Entre o final do século XVII e o final do século XIX, desenvolvem-se duas grandes concepções referentes à organização social e à ordem política, isto é, o liberalismo e o socialismo. Essas duas doutrinas diferenciam-se tanto pelos princípios que fundamentam a organização social e a ordem política, quanto por pretenderem atender aos interesses de classes sociais divergentes. Assinale o que for correto.
01) Ao formular a teoria da propriedade privada como direito natural, o filósofo inglês John Locke estabeleceu um dos princípios que fundamentaram a organização social e a ordem política do liberalismo.   
E02) A revolta da Comuna de Paris, em 1871, foi uma insurreição dos liberais contra o Estado que, ao decretar leis para regulamentar o mercado, infringia o princípio do “deixai fazer, deixai passar”, ou seja, da não intervenção do Estado na economia.   
04) Karl Marx e Friedrich Engels ficaram conhecidos como representantes do socialismo científico. Eles criticaram os socialistas utópicos, tais como Charles Fourier e Robert Owen, que acreditavam ser possível mudar a realidade social de maneira idealista e voluntarista, criando comunidades-modelo.   
08) John Stuart Mill foi um dos poucos liberais que criticou as desigualdades sociais e políticas, a ponto de defender o sufrágio universal contra o voto censitário e ser um dos pioneiros na defesa da emancipação da mulher.   
16) Karl Marx e Friedrich Engels criticaram a democracia burguesa fundada no liberalismo, que, para eles, dissimulava o poder político do capitalista proprietário dos meios de produção e legitimava o domínio sobre o operariado expropriado.

AVAL. 2º ANO III Bimestre



Aval 2ano III bimestre 15
Atenção: as questões com um ( E ) na frente estão erradas. As demais são corretas.

1. (Ueg 2015)  A reflexão sobre o poder político acompanhou a história da filosofia desde a antiguidade e o pensamento sociológico desde seu surgimento na sociedade moderna. Nos últimos anos vêm ocorrendo diversas manifestações, protestos e revoltas em todo mundo. A esse respeito, com base no pensamento filosófico e sociológico, verifica-se que
Ea) esses processos revelam a incompetência do Estado em ser o “cérebro da sociedade”, o que confirma as teses de Durkheim.   
Eb) essas ações coletivas podem ser interpretadas como processos derivados da expansão de uma ética protestante, confirmando as análises de Weber.   
Ec) os movimentos contestadores atuais expressam um processo de vontade de potência que é corroborado pela filosofia kantiana.   
d) as lutas sociais contemporâneas revelam as contradições da sociedade capitalista, o que estaria de acordo com a teoria de Marx.   
  
2. (Uem 2011)  Chama-se de terrorismo o ato de usar a violência com a intenção de coagir, ameaçar ou influenciar outras pessoas para fins políticos, religiosos, psicológicos, entre outros.

Sobre o terrorismo, assinale o que for correto.
01) Robespierre, na França pós-revolucionária, foi um exemplo de abuso de governos que cerceavam a liberdade em nome da liberdade, tendo como efeito a instauração de um período de terror.   
E02) Os acontecimentos de 11 de setembro de 2001, quando terroristas árabes, em atentado suicida, destruíram as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova Iorque, são expressão do “fogo amigo”, isto é, o ato de lesar a humanidade com a ajuda de terceiros.   
04) O argumento contra o terrorismo pode ser usado, ironicamente, como justificativa para a restrição dos direitos, a supressão de garantias, a quebra de sigilo, a prisão sem provas e outros, aumentando ainda mais a insegurança dos indivíduos.   
08) Chamamos “crimes passionais” os atos de terrorismo psicológico e intimista que resultam de convicções filosóficas profundas, como a percepção das injustiças sociais, a concentração de renda, o monopólio dos cartéis etc.   
16) Para Theodor W. Adorno, uma das fontes da violência é o medo. Trabalhar o medo, sem reprimi-lo, é uma forma de evitar o uso da força.   
  
3. (Unesp 2014)  A China é a segunda maior economia do mundo. Quer garantir a hegemonia no seu quintal, como fizeram os Estados Unidos no Caribe depois da guerra civil. As Filipinas temem por um atol de rochas desabitado que disputam com a China. O Japão está de plantão por umas ilhotas de pedra e vento, que a China diz que lhe pertencem. Mesmo o Vietnã desconfia mais da China do que dos Estados Unidos. As autoridades de Hanói gostam de lembrar que o gigante americano invadiu o México uma vez. O gigante chinês invadiu o Vietnã dezessete.

(André Petry. O Século do Pacífico. Veja, 24.04.2013. Adaptado.)


A persistência histórica dos conflitos geopolíticos descritos na reportagem pode ser filosoficamente compreendida pela teoria
Ea) iluminista, que preconiza a possibilidade de um estado de emancipação racional da humanidade.   
Eb) maquiavélica, que postula o encontro da virtude com a fortuna como princípios básicos da geopolítica.   
Ec) política de Rousseau, para quem a submissão à vontade geral é condição para experiências de liberdade.   
Ed) teológica de Santo Agostinho, que considera que o processo de iluminação divina afasta os homens do pecado.   
e) política de Hobbes, que conceitua a competição e a desconfiança como condições básicas da natureza humana.   
  
4. (Uel 2014)  Leia o texto a seguir.

Kant, mesmo que restrito à cidade de Königsberg, acompanhou os desdobramentos das Revoluções Americana e Francesa e foi levado a refletir sobre as convulsões da história mundial. Às incertezas da Europa plebeia, individualista e provinciana, contrapôs algumas certezas da razão capazes de restabelecer, ao menos no pensamento, a sociabilidade e a paz entre as nações com vista à constituição de uma federação de povos – sociedade cosmopolita.

(Adaptado de: ANDRADE, R. C. “Kant: a liberdade, o indivíduo e a república”. In: WEFORT, F. C. (Org.). Clássicos da política. v.2. São Paulo: Ática, 2003. p.49-50.)
Com base nos conhecimentos sobre a Filosofia Política de Kant, assinale a alternativa correta.
Ea) A incapacidade dos súditos de distinguir o útil do prejudicial torna imperativo um governo paternal para indicar a felicidade.   
Eb) É chamado cidadão aquele que habita a cidade, sendo considerados cidadãos ativos também as mulheres e os empregados.   
Ec) No Estado, há uma igualdade irrestrita entre os membros da comunidade e o chefe de Estado.   
d) Os súditos de um Estado Civil devem possuir igualdade de ação em conformidade com a lei universal da liberdade.   
Ee) Os súditos estão autorizados a transformar em violência o descontentamento e a oposição ao poder legislativo supremo.   
  
5. (Unesp 2014)  Governos que se metem na vida dos outros são governos autoritários. Na história temos dois grandes exemplos: o fascismo e o comunismo. Em nossa época existe uma outra tentação totalitária, aparentemente mais invisível e, por isso mesmo, talvez, mais perigosa: o "totalitarismo do bem". A saúde sempre foi um dos substantivos preferidos das almas e dos governos autoritários. Quem estudar os governos autoritários verá que a "vida cientificamente saudável" sempre foi uma das suas maiores paixões. E, aqui, o advérbio "cientificamente  é quase vago porque o que vem primeiro é mesmo o desejo de higienização de toda forma de vício, sujeira, enfim, de humanidade não correta. Nosso maior pecado contemporâneo é não reconhecer que a humanidade do humano está além do modo "correto" de viver. E vamos pagar caro por isso porque um mundo só de gente "saudável" é um mundo sem Eros.
(Luiz Felipe Pondé. “Gosto que cada um sente na boca não é da conta do governo”. Folha de S.Paulo, 14.03.2012. Adaptado.)
Na concepção do autor, o totalitarismo
Ea) é um sistema político exclusivamente relacionado com o fascismo e o comunismo.   
Eb) inexiste sob a égide de regimes políticos institucionalmente democráticos e liberais.   
Ec) depende necessariamente de controles de natureza policial e repressiva dos comportamentos.   
d) mobiliza a ciência para estabelecer critérios de natureza biopolítica sobre a vida.   
Ee) estabelece regras de comportamento subordinadas à autonomia dos indivíduos.   
  
6. (Enem 2013)  Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder. Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as divergências dos indivíduos. Assim, criam-se os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, atuando de forma independente para a efetivação da liberdade, sendo que esta não existe se uma pessoa ou grupo exercer os referidos poderes concomitantemente.
MONTESQUIEU, B. Do espírito das leis. São Paulo: Abril Cultural, 1979 (adaptado).
A divisão e a independência entre os poderes são condições necessárias para que possa haver liberdade em um Estado. Isso pode ocorrer apenas sob um modelo político em que haja
Ea) exercício de tutela sobre atividades jurídicas e políticas.   
Eb) consagração do poder político pela autoridade religiosa.   
Ec) concentração do poder nas mãos de elites técnico-científicas.   
d) estabelecimento de limites aos atores públicos e às instituições do governo.   
Ee) reunião das funções de legislar, julgar e executar nas mãos de um governante eleito.   
  
7. (Uem 2013)  O filósofo alemão Karl Marx (1818-1883) afirma que “A totalidade das relações de produção forma a estrutura econômica da sociedade, a base real sobre a qual se levanta uma superestrutura jurídica e política, e à qual correspondem formas sociais determinadas de consciência. O modo de produção da vida material condiciona o processo da vida social, política e espiritual em geral. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas, ao contrário, é o seu ser social que determina sua consciência” (MARX, K. Prefácio. In: Para a crítica da Economia Política. SP: Abril Cultural, 1982, p. 23, apud FIGUEIREDO, V. Filósofos na sala de aula. volume 2. SP: Berlendis & Vertecchia Editores, 2008, p. 121-122). A partir do trecho citado, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) A economia determina o que acontece nas outras partes da vida social — tudo tem que ser explicado pela economia.   
02) Essa teoria marxiana é reducionista, pois tudo se reduz a um princípio explicativo único, o fundamento material.   
04) Antes de serem elementos contraditórios, a superestrutura jurídico-política se articula com a estrutura econômica da sociedade.   
08) A consciência humana não tem o mesmo poder que as relações de produção sobre a determinação do ser social dos homens.   
E16) Para a teoria marxiana, somente pode existir entre os homens relações de produção econômica, que são determinadas materialmente.   
  
8. (Enem 2013)  O edifício é circular. Os apartamentos dos prisioneiros ocupam a circunferência. Você pode chamá-los, se quiser, de celas. O apartamento do inspetor ocupa o centro; você pode chamá-lo, se quiser, de alojamento do inspetor. A moral reformada; a saúde preservada; a indústria revigorada; a instrução difundida; os encargos públicos aliviados; a economia assentada, como deve ser, sobre uma rocha; o nó górdio da Lei sobre os Pobres não cortado, mas desfeito — tudo por uma simples ideia de arquitetura!
BENTHAM, J. O panóptico. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
Essa é a proposta de um sistema conhecido como panóptico, um modelo que mostra o poder da disciplina nas sociedades contemporâneas, exercido preferencialmente por mecanismos
Ea) religiosos, que se constituem como um olho divino controlador que tudo vê.   
Eb) ideológicos, que estabelecem limites pela alienação, impedindo a visão da dominação sofrida.   
Ec) repressivos, que perpetuam as relações de dominação entre os homens por meio da tortura física.   
d) sutis, que adestram os corpos no espaço-tempo por meio do olhar como instrumento de controle.   
Ee) consensuais, que pactuam acordos com base na compreensão dos benefícios gerais de se ter as próprias ações controladas.   
  
9. (Uem 2013)  “(...) o ataque de 11 de setembro [de 2001] é de fato um ataque bárbaro, e por ser bárbaro é que exige uma resposta civilizada. É bárbaro tanto na forma como no fundo, não por ser organizado por uma religião ou cultura bárbara, mas por ser organizado em nome da ideia do Bem absoluto. E ele exige uma resposta civilizada, ou seja, uma luta sem hipocrisia, não em nome da ideia do Bem ou da civilização, mas em nome da luta pela diversidade da humanidade, da qual todas as civilizações são garantia.”
(WOLFF, Francis. In: ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. H. P. Temas de Filosofia. 3.ª ed. São Paulo: Moderna, 2005, p. 292).
A partir do trecho citado, assinale o que for correto.
01) Todas as civilizações têm a obrigação de garantir a existência da humanidade; nesse sentido, elas não podem defender o extermínio de seres humanos, sejam eles de qualquer raça ou etnia.   
02) Uma resposta bárbara a um ataque bárbaro implica, pelo raciocínio do autor, uma vitória da barbárie sobre a civilização.   
E04) Não é sinal de justiça tratar terroristas por regras que eles mesmos não reconhecem, como o respeito aos direitos humanos.   
E08) As populações consideradas civilizadas têm como Bem absoluto a defesa de seu próprio modelo de civilização.   
16) Uma resposta civilizada está calcada nos princípios que fundam a civilização moderna ocidental, particularmente, no respeito aos direitos humanos.   
  
10. (Unesp 2013)  Leia.

Desde o início da semana, alunos da rede municipal de Vitória da Conquista, na Bahia, não vão mais poder cabular aulas. Um “uniforme inteligente” vai contar aos pais se os alunos chegaram à escola – ou “dedurar” se eles não passaram do portão. O sistema, baseado em rádio-frequência, funciona por meio de um minichip instalado na camiseta do novo uniforme, que começou a ser distribuído para 20 mil estudantes na segunda-feira. Funciona assim: no momento em que os alunos entram na escola, um sensor instalado na portaria detecta o chip e envia um SMS aos pais avisando sobre a entrada na instituição.

(Natália Cancian. Uniforme inteligente entrega aluno que cabula aula na Bahia. Folha de S.Paulo, 22.03.2012.)

A leitura do fato relatado na reportagem permite repercussões filosóficas relacionadas à esfera da ética, pois o “uniforme inteligente”
Ea) está inserido em um processo de resistência ao poder disciplinar na escola.   
Eb) é fruto de uma ação do Estado para incrementar o grau de liberdade nas escolas.   
Ec) indica a consolidação de mecanismos de consulta democrática na escola pública.   
d) introduz novas formas institucionais de controle sobre a liberdade individual.   
Ee) proporciona uma indiscutível contribuição científica para a autonomia individual.   
  
11. (Upe 2013)  O objetivo da política pode ser resumido em uma frase: Com liberdade política, o homem se torna autenticamente ele próprio, livre para ordenar os negócios internos da nação e para afirmar-se face ao exterior. A política pretende subjugar a violência por meio do debate, do pacto, da busca de uma vontade comum através de caminhos legais.
JASPERS, Karl. Introdução ao pensamento filosófico, 1999, p.69.
Com relação a esse assunto, assinale com V as afirmativas Verdadeiras e com F as Falsas.

(     ) Liberdade política consiste no direito do cidadão em tomar parte na organização e no exercício do governo; também em votar e ser votado, desde que preenchidas as exigências legais.
(     ) O conceito moderno de política está ligado estritamente ao poder. O exercício do poder, entretanto, está estritamente vinculado à Antiguidade.
(     ) As dimensões intersubjetiva e social são iniludíveis. Estes são dois dos elementos que constituem o campo da significação política.
(     ) Na concepção crítica do pensamento liberal burguês, a liberdade tem como ponto de partida a liberdade individual e não o interesse coletivo.
(     ) Desde sua origem, o pensamento filosófico não cessou de refletir sobre a dimensão do fenômeno político, elaborando teorias para explicar sua origem, sua finalidade e suas formas.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.
Ea) V, F, V, V, V   
Eb) F, F, V, F, V   
Ec) V, V, V, F, F   
Ed) F, V, F, F, F   
e) V, F, V, F, V   
  
12. (Uem 2012)  Tomás de Aquino (1225-1274), no seu livro A Realeza, afirma:

“Comecemos apresentando o que se deve entender pela palavra rei. Com efeito, em todas as coisas que se ordenam a um fim que pode ser alcançado de diversos modos, faz-se necessário algum dirigente para que se possa alcançar o fim do modo mais direto. Por exemplo, um navio, que se move em diversas direções pelo impulso de ventos opostos, não chegará ao seu fim de destino se não for dirigido ao porto pela habilidade do comandante”.
(AQUINO, T. de. A realeza: dedicado ao rei de Chipre. In: Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 667.)
Conforme esse trecho, é correto afirmar que
01) o rei, como um dirigente, não tem um poder opressor ou dominador sobre os súditos.   
E02) o rei é aquele que realiza as coisas sem intermediários.   
04) o rei não é necessário em todas as decisões, mas somente naquelas que envolvem interesses coletivos.   
08) as ações do rei não precisam levar em conta os desejos dos súditos, mas considerar aquilo que é melhor para o reino.   
16) o rei ou o comandante tem a função de dirigir, orientar, o que não implica uma imposição de sua vontade aos súditos.   
  
13. (Uema 2012)  Étienne de La Boétie em sua obra “O discurso da servidão voluntária” apresenta os tipos de governantes tiranos. São eles:
Ea) o tirano que obtém o poder pela força das armas, aquele que obtém o poder por sucessão e aquele que obtém o poder por vontade de Deus.   
Eb) o tirano que obtém o poder por meio de eleições, o que obtém o poder pela força das armas e o que obtém o poder por vontade de Deus.   
Ec) o tirano que obtém o poder pela força das armas, aquele que obtém o poder por sucessão e aquele que obtém o poder através de uma revolução.   
d) o tirano que obtém o poder por meio de eleições, aquele que obtém o poder pelas forças das armas e aquele que obtém o poder por sucessão.   
Ee) o tirano que obtém o poder pela força das armas, aquele que obtém o poder através de uma revolução e aquele que obtém o poder por meio de eleições.   
  
14. (Uff 2012)  De acordo com o filósofo iluminista Montesquieu, no livro clássico O Espírito das Leis, quando as mesmas pessoas concentram o poder de legislar, de executar e de julgar, instaura-se o despotismo, pois, para que os cidadãos estejam livres do abuso de poder, é preciso que “o poder freie o poder”.

Identifique a sentença que melhor resume esse pensamento de Montesquieu.
Ea) Para que a sociedade seja bem governada é necessário que uma só pessoa disponha do poder de legislar, agir e julgar.   
Eb) A separação dos poderes enfraquece o Estado e toma a sociedade vulnerável aos ataques de seus inimigos.   
c) A separação e independência entre os poderes é uma das condições fundamentais para que os cidadãos possam exercer sua liberdade.   
Ed) A sociedade melhor organizada é aquela em que o executivo goza de poder absoluto.   
Ee) As mesmas pessoas podem concentrar o poder, desde que sejam bem intencionadas.   
  
15. (Enem 2012)  É verdade que nas democracias o povo parece fazer o que quer; mas a liberdade política não consiste nisso. Deve-se ter sempre presente em mente o que é independência e o que é liberdade. A liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem; se um cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem, não teria mais liberdade, porque os outros também teriam tal poder.
MONTESQUIEU. Do Espírito das Leis. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1997 (adaptado).
A característica de democracia ressaltada por Montesquieu diz respeito
Ea) ao status de cidadania que o indivíduo adquire ao tomar as decisões por si mesmo.   
b) ao condicionamento da liberdade dos cidadãos à conformidade às leis.   
Ec) à possibilidade de o cidadão participar no poder e, nesse caso, livre da submissão às leis.   
Ed) ao livre-arbítrio do cidadão em relação àquilo que é proibido, desde que ciente das consequências.   
Ee) ao direito do cidadão exercer sua vontade de acordo com seus valores pessoais.   
  
16. (Ufpa 2012)  O pensamento liberal concebe, de acordo com o direito supostamente natural, o direito à propriedade, fruto do trabalho, como um bem indispensável à conservação da vida, cabendo ao Estado apenas a garantia, por meio de lei, de sua posse. Já o pensamento marxista concebe o Estado como a expressão política dos interesses econômicos da classe dominante.

A respeito da distinção entre as concepções marxista e liberal, julgue as afirmativas:

I. Há relação entre política e economia, de acordo com o pensamento liberal.
II. A relação entre política e economia supostamente não existe, de acordo com o pensamento liberal.
III. Existe uma relação intrínseca entre política e economia, de acordo com o pensamento marxista.
IV. Reconhece-se uma relativa autonomia da economia em relação à política, no pensamento marxista.

As afirmativas corretas são
Ea) I e II.   
b) II e III.   
Ec) II e IV.   
Ed) I e IV.   
Ee) III e IV.   
  
17. (Uem 2011)  A Filosofia apresentou como debate político, ao longo da história, as questões da liberdade do indivíduo na sociedade, teorizando a finalidade do Estado e das instituições sociais. Sobre a natureza do debate filosófico acerca das questões políticas, assinale o que for correto.
E01) Em virtude da defesa da Igreja católica, a fundação do Estado Moderno de Direito é essencialmente dogmática, já que os teóricos da Idade Média faziam da união dos planos humano e divino a exigência central do republicanismo.   
E02) O debate político em torno dos ideais liberais e socialistas se dá no interior de questões religiosas, pois nem John Locke nem Thomas Hobbes desvinculam o debate político das questões metafísicas e morais.   
E04) A importância do projeto de Ludwig Feuerbach para a filosofia da época é seu profundo apego ao cristianismo de Hegel, razão pela qual defendeu, na Essência do Cristianismo, a tese espiritualista de que o Estado é o poder de Deus em nossas mãos.   
08) Para Karl Marx, não basta reivindicar a liberdade sem tomar decisões históricas e efetivas, capazes de controlar os meios de produção e formar a consciência de classe dos trabalhadores.   
16) São conceitos fundamentais do marxismo os conceitos de fetiche da mercadoria, alienação política, ação política transformadora e emancipação humana.   
  
18. (Ufba 2011)  Na teoria geral do Estado distinguem-se, embora nem sempre com uma clara linha demarcatória, as formas de governo dos tipos de Estado. Na tipologia das formas de governo, leva-se mais em conta a estrutura de poder e as relações entre os vários órgãos dos quais a constituição solicita o exercício do poder; na tipologia dos tipos de Estado, mais as relações de classe, a relação entre o sistema de poder e a sociedade subjacente, as ideologias e os fins, as características históricas e sociológicas.
As tipologias clássicas das formas de governo são três: a de Aristóteles, a de Maquiavel e a de Montesquieu.
(BOBBIO, 1987, p. 104).

De acordo com o texto e com os conhecimentos sobre formas de governo e estruturas de poder político, são verdadeiras as proposições
01) Monarquia, aristocracia e democracia são formas de governo definidas por Aristóteles, a partir do conhecimento da diversidade política existente nas cidades-Estado da antiga Grécia.   
E02) A divisão de poderes fundamentou a organização da primeira Constituição republicana brasileira, promulgada em 1891, demonstrando a influência da teoria política de Montesquieu.   
E04) O pensamento político de Montesquieu opunha-se à estrutura do Estado absolutista e propiciou as bases do Estado Liberal.   
08) As “razões de Estado”, concebidas como valor político acima de qualquer outro ideal, foi um princípio defendido por Maquiavel, considerado o fundador da moderna ciência política.   
16) O modelo de república liberal idealizado por Maquiavel é reconhecível nas formas de governo dos países que, na contemporaneidade, constituem o denominado Grupo G8.   
32) Aristóteles elaborou o projeto político responsável pela unificação política da Grécia dentro do modelo de tirania temporária.   
E64) Montesquieu privilegiava o Poder Executivo, em detrimento dos demais poderes, razão do seu distanciamento do pensamento político e filosófico de Maquiavel.   
  
19. (Uem 2011)  A Idade Média caracteriza-se por uma concepção teocrática da política. O processo de secularização, que ocorre no bojo da modernidade, produz concepções laicas da política. Sobre os novos ideais da modernidade, assinale o que for correto.
01) A teoria política contratualista de Jean-Jacques Rousseau foi utilizada como ponto de apoio pela burguesia, preocupada em modificar a ordem política e social.   
E02) A teoria política de Thomas Hobbes ataca a ideia de soberania do Estado e preconiza a organização pluralista de governo, que dá origem à formação do parlamentarismo inglês.   
04) O termo secularização surgiu nos séculos XVI e XVII, no campo jurídico, para indicar a passagem de um Estado religioso para um Estado secular, ou da transição de propriedades e prerrogativas eclesiásticas para instituições laicas.   
E08) Para Max Weber, o processo de secularização, que ocorre entre a modernidade e o fim da teocracia, teria como consequência a formação de um Estado democrático, que delegaria todo poder ao cidadão.   
16) Maquiavel preconiza, tanto em O Príncipe quanto em Comentários sobre a primeira década de Tito Lívio, a formulação de um Novo Estado, de caráter laico e autônomo em relação ao poder espiritual dos pontífices.   
  
20. (Uem 2011)  Desde a filosofia da antiguidade clássica grega até a filosofia contemporânea, encontra-se, nas obras filosóficas, formulado em várias concepções, o tema da relação entre saber e poder. Sobre essa relação, assinale o que for correto.
E01) Para a teoria da ação comunicativa, de Jürgen Habermas, a linguagem deve ser imperativa, de forma que seja conhecida e mantida a ordem social; isso explica por que o ato de fala expressa sempre uma relação de poder.   
E02) Os sofistas utilizaram a retórica como uma forma de maiêutica, de maneira que seus interlocutores, ao descobrirem a verdade, procuraram, além da ambição política, a melhor forma de governo.   
E04) Nicolau Maquiavel considera que o príncipe pode governar apenas com o uso do poder das armas e que o conhecimento da realidade política é desnecessário.   
08) Para Francis Bacon, o conhecimento e a ciência não são apenas instrumentos de exercício do poder sobre a natureza, mas também devem ser postos a serviço do poder político, fortalecendo o Estado.   
16) Michel Foucault inverte a relação tradicionalmente posta entre saber e poder, segundo a qual o saber antecede o poder. Para ele, o poder não se encontra separado do saber, mas, sim, é condição dele.   
  
21. (Uem 2011)  A democracia tornou-se o apanágio das sociedades políticas modernas, no entanto, do século V a.C. até o século XIX, teve poucos representantes.

Sobre as dificuldades de realização do processo democrático, assinale o que for correto.
E01) Através do modelo de sociedade patriarcal, os romanos lançaram as bases ideológicas do processo democrático moderno, centrado na figura do pater.   
02) Para Gerd Bornheim, o maior desafio das sociedades políticas contemporâneas é o de equacionar, no mesmo regime, a democracia e o individualismo do sujeito autônomo.   
E04) Barão de Montesquieu, em O espírito das leis, condenou a educação moral e cívica e a transformação do indivíduo em cidadão, pois o homem é, na sua concepção, naturalmente bom, e a sociedade o corrompe.   
08) Jean-Jacques Rousseau, no Discurso sobre a origem e o fundamento da desigualdade entre os homens, está em desacordo com John Locke e Adam Smith, porque, para eles, é importante garantir a propriedade privada à sociedade civil.   
E16) O utilitarismo, como princípio de extensão da felicidade ao maior número de pessoas, utiliza o conceito de alienação para o convencimento dos indivíduos ao interesse maior, que é o Estado.   
  
22. (Uem 2010)  As principais características do republicanismo estão ligadas à própria definição da res publica, “o regime da coisa pública, do bem público, que se sobrepõe aos interesses privados: é o regime da abnegação cívica; (...) da ética na política, do combate incessante à corrupção em que todos – governantes e governados – estão submetidos às leis que eles mesmos criaram; (...) são essas leis que garantem a liberdade, porque limitam poderes”.
(Filosofia Ensino Médio. Secretaria de Estado e Educação do Paraná, p. 225-228.)
Sobre o republicanismo, assinale o que for correto.
E01) Na República de Platão, podem-se encontrar os fundamentos de todos os princípios políticos do republicanismo que irão servir de modelo para a formação dos regimes republicanos modernos.   
E02) O republicanismo opõe-se aos sistemas de governo democráticos, pois na democracia há uma incompatibilidade de princípio entre o interesse individual e o interesse público.   
E04) Na sua obra Política, Aristóteles defende a democracia contra as ideias republicanas de Platão, pois considera que, ao defender a escravidão, Platão fere os princípios políticos da liberdade e igualdade entre os homens.   
08) Na Roma Antiga, o grande mentor do republicanismo foi Cícero (106-43 a.c), autor de Da República. Depois da Idade Média, as ideias do republicanismo ressurgem na Itália renascentista, exercendo uma influência significativa na obra de Nicolau Maquiavel.   
16) O republicanismo é uma alternativa concreta de superação dos limites e contradições do liberalismo, por meio do resgate da importância da participação das pessoas na vida política, como garantia da liberdade e da não dominação.