Aval 2ano III bimestre 15
Atenção: as questões com um ( E ) na
frente estão erradas. As demais são corretas.
1. (Ueg 2015) A reflexão sobre o poder
político acompanhou a história da filosofia desde a antiguidade e o pensamento
sociológico desde seu surgimento na sociedade moderna. Nos últimos anos vêm
ocorrendo diversas manifestações, protestos e revoltas em todo mundo. A esse
respeito, com base no pensamento filosófico e sociológico, verifica-se que
Ea) esses processos
revelam a incompetência do Estado em ser o “cérebro da sociedade”, o que
confirma as teses de Durkheim.
Eb) essas ações coletivas
podem ser interpretadas como processos derivados da expansão de uma ética
protestante, confirmando as análises de Weber.
Ec) os movimentos
contestadores atuais expressam um processo de vontade de potência que é
corroborado pela filosofia kantiana.
d) as lutas
sociais contemporâneas revelam as contradições da sociedade capitalista, o que
estaria de acordo com a teoria de Marx.
2.
(Uem 2011) Chama-se de terrorismo o
ato de usar a violência com a intenção de coagir, ameaçar ou influenciar outras
pessoas para fins políticos, religiosos, psicológicos, entre outros.
Sobre o terrorismo, assinale o que for correto.
01) Robespierre, na França
pós-revolucionária, foi um exemplo de abuso de governos que cerceavam a
liberdade em nome da liberdade, tendo como efeito a instauração de um período
de terror.
E02) Os acontecimentos de 11 de
setembro de 2001, quando terroristas árabes, em atentado suicida, destruíram as
torres gêmeas do World Trade Center, em Nova Iorque, são expressão do
“fogo amigo”, isto é, o ato de lesar a humanidade com a ajuda de terceiros.
04) O argumento contra o
terrorismo pode ser usado, ironicamente, como justificativa para a restrição
dos direitos, a supressão de garantias, a quebra de sigilo, a prisão sem provas
e outros, aumentando ainda mais a insegurança dos indivíduos.
08) Chamamos “crimes
passionais” os atos de terrorismo psicológico e intimista que resultam de
convicções filosóficas profundas, como a percepção das injustiças sociais, a
concentração de renda, o monopólio dos cartéis etc.
16) Para Theodor W. Adorno, uma
das fontes da violência é o medo. Trabalhar o medo, sem reprimi-lo, é uma forma
de evitar o uso da força.
3.
(Unesp 2014) A
China é a segunda maior economia do mundo. Quer garantir a hegemonia no seu
quintal, como fizeram os Estados Unidos no Caribe depois da guerra civil. As
Filipinas temem por um atol de rochas desabitado que disputam com a China. O
Japão está de plantão por umas ilhotas de pedra e vento, que a China diz que
lhe pertencem. Mesmo o Vietnã desconfia mais da China do que dos Estados
Unidos. As autoridades de Hanói gostam de lembrar que o gigante americano
invadiu o México uma vez. O gigante chinês invadiu o Vietnã dezessete.
(André Petry. O
Século do Pacífico. Veja, 24.04.2013. Adaptado.)
A persistência histórica dos conflitos
geopolíticos descritos na reportagem pode ser filosoficamente compreendida pela
teoria
Ea) iluminista, que preconiza a
possibilidade de um estado de emancipação racional da humanidade.
Eb) maquiavélica, que postula o
encontro da virtude com a fortuna como princípios básicos da geopolítica.
Ec) política de Rousseau, para
quem a submissão à vontade geral é condição para experiências de liberdade.
Ed) teológica de Santo
Agostinho, que considera que o processo de iluminação divina afasta os homens
do pecado.
e) política de Hobbes, que
conceitua a competição e a desconfiança como condições básicas da natureza
humana.
4.
(Uel 2014) Leia o texto a
seguir.
Kant, mesmo que restrito à cidade
de Königsberg, acompanhou os desdobramentos das Revoluções Americana e Francesa
e foi levado a refletir sobre as convulsões da história mundial. Às incertezas
da Europa plebeia, individualista e provinciana, contrapôs algumas certezas da
razão capazes de restabelecer, ao menos no pensamento, a sociabilidade e a paz
entre as nações com vista à constituição de uma federação de povos – sociedade
cosmopolita.
(Adaptado
de: ANDRADE, R. C. “Kant: a liberdade, o indivíduo e a república”. In: WEFORT,
F. C. (Org.). Clássicos da política.
v.2. São Paulo: Ática, 2003. p.49-50.)
Com base nos conhecimentos sobre
a Filosofia Política de Kant, assinale a alternativa correta.
Ea) A incapacidade
dos súditos de distinguir o útil do prejudicial torna imperativo um governo paternal
para indicar a felicidade.
Eb) É chamado
cidadão aquele que habita a cidade, sendo considerados cidadãos ativos também
as mulheres e os empregados.
Ec) No Estado, há
uma igualdade irrestrita entre os membros da comunidade e o chefe de Estado.
d) Os súditos de um Estado
Civil devem possuir igualdade de ação em conformidade com a lei universal da
liberdade.
Ee) Os súditos
estão autorizados a transformar em violência o descontentamento e a oposição ao
poder legislativo supremo.
5.
(Unesp 2014) Governos que se metem na vida dos outros são governos autoritários. Na
história temos dois grandes exemplos: o fascismo e o comunismo. Em nossa época
existe uma outra tentação totalitária, aparentemente mais invisível e, por isso
mesmo, talvez, mais perigosa: o "totalitarismo do bem". A saúde
sempre foi um dos substantivos preferidos das almas e dos governos
autoritários. Quem estudar os governos autoritários verá que a "vida
cientificamente saudável" sempre foi uma das suas maiores paixões. E, aqui,
o advérbio "cientificamente é quase
vago porque o que vem primeiro é mesmo o desejo de higienização de toda forma
de vício, sujeira, enfim, de humanidade não correta. Nosso maior pecado
contemporâneo é não reconhecer que a humanidade do humano está além do modo
"correto" de viver. E vamos pagar caro por isso porque um mundo só de
gente "saudável" é um mundo sem Eros.
(Luiz
Felipe Pondé. “Gosto que cada um sente na boca não é da conta do governo”. Folha
de S.Paulo, 14.03.2012. Adaptado.)
Na concepção do autor, o
totalitarismo
Ea) é um sistema
político exclusivamente relacionado com o fascismo e o comunismo.
Eb) inexiste sob a
égide de regimes políticos institucionalmente democráticos e liberais.
Ec) depende
necessariamente de controles de natureza policial e repressiva dos
comportamentos.
d) mobiliza a
ciência para estabelecer critérios de natureza biopolítica sobre a vida.
Ee) estabelece
regras de comportamento subordinadas à autonomia dos indivíduos.
6.
(Enem 2013) Para
que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja
contido pelo poder. Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos
principais, ou dos nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer
leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as
divergências dos indivíduos. Assim, criam-se os poderes Legislativo, Executivo
e Judiciário, atuando de forma independente para a efetivação da liberdade,
sendo que esta não existe se uma pessoa ou grupo exercer os referidos poderes
concomitantemente.
MONTESQUIEU, B. Do espírito
das leis. São Paulo: Abril Cultural, 1979 (adaptado).
A divisão e a
independência entre os poderes são condições necessárias para que possa haver
liberdade em um Estado. Isso pode ocorrer apenas sob um modelo político em que
haja
Ea) exercício
de tutela sobre atividades jurídicas e políticas.
Eb) consagração
do poder político pela autoridade religiosa.
Ec) concentração
do poder nas mãos de elites técnico-científicas.
d) estabelecimento
de limites aos atores públicos e às instituições do governo.
Ee) reunião
das funções de legislar, julgar e executar nas mãos de um governante eleito.
7.
(Uem 2013) O filósofo alemão Karl Marx
(1818-1883) afirma que “A totalidade das relações de produção forma a estrutura
econômica da sociedade, a base real sobre a qual se levanta uma superestrutura
jurídica e política, e à qual correspondem formas sociais determinadas de
consciência. O modo de produção da vida material condiciona o processo da vida
social, política e espiritual em geral. Não é a consciência dos homens que
determina o seu ser, mas, ao contrário, é o seu ser social que determina sua
consciência” (MARX, K. Prefácio. In: Para a crítica da Economia Política.
SP: Abril Cultural, 1982, p. 23, apud FIGUEIREDO, V. Filósofos na
sala de aula. volume 2. SP: Berlendis & Vertecchia Editores, 2008, p.
121-122). A partir do trecho citado, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) A economia determina o que
acontece nas outras partes da vida social — tudo tem que ser explicado pela
economia.
02) Essa teoria marxiana é
reducionista, pois tudo se reduz a um princípio explicativo único, o fundamento
material.
04) Antes de serem elementos
contraditórios, a superestrutura jurídico-política se articula com a estrutura
econômica da sociedade.
08) A consciência humana não
tem o mesmo poder que as relações de produção sobre a determinação do ser
social dos homens.
E16) Para a teoria marxiana,
somente pode existir entre os homens relações de produção econômica, que são
determinadas materialmente.
8.
(Enem 2013) O
edifício é circular. Os apartamentos dos prisioneiros ocupam a circunferência.
Você pode chamá-los, se quiser, de celas. O
apartamento do inspetor ocupa o centro; você pode chamá-lo, se quiser, de alojamento
do inspetor. A moral reformada; a
saúde preservada; a indústria revigorada; a instrução difundida; os encargos
públicos aliviados; a economia assentada, como deve ser, sobre uma rocha; o nó
górdio da Lei sobre os Pobres não cortado, mas desfeito — tudo por uma simples
ideia de arquitetura!
BENTHAM, J. O panóptico.
Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
Essa é a proposta
de um sistema conhecido como panóptico, um modelo que mostra o poder da
disciplina nas sociedades contemporâneas, exercido preferencialmente por
mecanismos
Ea) religiosos,
que se constituem como um olho divino controlador que tudo vê.
Eb) ideológicos,
que estabelecem limites pela alienação, impedindo a visão da dominação sofrida.
Ec) repressivos,
que perpetuam as relações de dominação entre os homens por meio da tortura
física.
d) sutis,
que adestram os corpos no espaço-tempo por meio do olhar como instrumento de
controle.
Ee) consensuais,
que pactuam acordos com base na compreensão dos benefícios gerais de se ter as
próprias ações controladas.
9.
(Uem 2013) “(...) o ataque de 11 de
setembro [de 2001] é de fato um ataque bárbaro, e por ser bárbaro é que
exige uma resposta civilizada. É bárbaro tanto na forma como no fundo, não por
ser organizado por uma religião ou cultura bárbara, mas por ser organizado em
nome da ideia do Bem absoluto. E ele exige uma resposta civilizada, ou seja,
uma luta sem hipocrisia, não em nome da ideia do Bem ou da civilização, mas em
nome da luta pela diversidade da humanidade, da qual todas as civilizações são
garantia.”
(WOLFF,
Francis. In: ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. H. P. Temas de Filosofia. 3.ª
ed. São Paulo: Moderna, 2005, p. 292).
A partir do trecho citado, assinale o que
for correto.
01) Todas as civilizações têm a
obrigação de garantir a existência da humanidade; nesse sentido, elas não podem
defender o extermínio de seres humanos, sejam eles de qualquer raça ou etnia.
02) Uma resposta bárbara a um
ataque bárbaro implica, pelo raciocínio do autor, uma vitória da
barbárie sobre a civilização.
E04) Não é sinal de justiça
tratar terroristas por regras que eles mesmos não reconhecem, como o respeito
aos direitos humanos.
E08) As populações consideradas
civilizadas têm como Bem absoluto a defesa de seu próprio modelo de
civilização.
16) Uma resposta civilizada
está calcada nos princípios que fundam a civilização moderna ocidental,
particularmente, no respeito aos direitos humanos.
10.
(Unesp 2013) Leia.
Desde o início da semana,
alunos da rede municipal de Vitória da Conquista, na Bahia, não vão mais poder
cabular aulas. Um “uniforme inteligente” vai contar aos pais se os alunos
chegaram à escola – ou “dedurar” se eles não passaram do portão. O sistema,
baseado em rádio-frequência, funciona por meio de um minichip instalado na
camiseta do novo uniforme, que começou a ser distribuído para 20 mil estudantes
na segunda-feira. Funciona assim: no momento em que os alunos entram na escola,
um sensor instalado na portaria detecta o chip e envia um SMS aos pais avisando
sobre a entrada na instituição.
(Natália
Cancian. Uniforme inteligente entrega aluno que cabula aula na Bahia. Folha
de S.Paulo, 22.03.2012.)
A leitura do fato relatado na reportagem
permite repercussões filosóficas relacionadas à esfera da ética, pois o
“uniforme inteligente”
Ea) está inserido em um
processo de resistência ao poder disciplinar na escola.
Eb) é fruto de uma ação do
Estado para incrementar o grau de liberdade nas escolas.
Ec) indica a consolidação de
mecanismos de consulta democrática na escola pública.
d) introduz novas formas
institucionais de controle sobre a liberdade individual.
Ee) proporciona uma
indiscutível contribuição científica para a autonomia individual.
11.
(Upe 2013) O
objetivo da política pode ser resumido em uma frase: Com liberdade política, o
homem se torna autenticamente ele próprio, livre para ordenar os negócios
internos da nação e para afirmar-se face ao exterior. A política pretende
subjugar a violência por meio do debate, do pacto, da busca de uma vontade
comum através de caminhos legais.
JASPERS, Karl. Introdução
ao pensamento filosófico, 1999, p.69.
Com relação a esse assunto, assinale com V
as afirmativas Verdadeiras e com F as Falsas.
( )
Liberdade política consiste no direito do cidadão em tomar parte na organização
e no exercício do governo; também em votar e ser votado, desde que preenchidas
as exigências legais.
( ) O
conceito moderno de política está ligado estritamente ao poder. O exercício do
poder, entretanto, está estritamente vinculado à Antiguidade.
( ) As
dimensões intersubjetiva e social são iniludíveis. Estes são dois dos elementos
que constituem o campo da significação política.
( ) Na
concepção crítica do pensamento liberal burguês, a liberdade tem como ponto de
partida a liberdade individual e não o interesse coletivo.
( ) Desde
sua origem, o pensamento filosófico não cessou de refletir sobre a dimensão do
fenômeno político, elaborando teorias para explicar sua origem, sua finalidade
e suas formas.
Assinale a alternativa que apresenta a
sequência CORRETA.
Ea) V, F, V, V, V
Eb) F, F, V, F, V
Ec) V, V, V, F, F
Ed) F, V, F, F, F
e) V, F, V, F, V
12.
(Uem 2012) Tomás de Aquino
(1225-1274), no seu livro A Realeza, afirma:
“Comecemos apresentando o que se deve
entender pela palavra rei. Com efeito, em todas as coisas que se ordenam a um
fim que pode ser alcançado de diversos modos, faz-se necessário algum dirigente
para que se possa alcançar o fim do modo mais direto. Por exemplo, um navio,
que se move em diversas direções pelo impulso de ventos opostos, não chegará ao
seu fim de destino se não for dirigido ao porto pela habilidade do comandante”.
(AQUINO, T. de.
A realeza: dedicado ao rei de Chipre. In: Antologia de textos filosóficos.
Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 667.)
Conforme esse trecho, é correto afirmar que
01) o rei, como um dirigente,
não tem um poder opressor ou dominador sobre os súditos.
E02) o rei é aquele que realiza
as coisas sem intermediários.
04) o rei não é necessário em
todas as decisões, mas somente naquelas que envolvem interesses coletivos.
08) as ações do rei não
precisam levar em conta os desejos dos súditos, mas considerar aquilo que é
melhor para o reino.
16) o rei ou o comandante tem a
função de dirigir, orientar, o que não implica uma imposição de sua vontade aos
súditos.
13.
(Uema 2012) Étienne de La Boétie em sua
obra “O discurso da servidão voluntária”
apresenta os tipos de governantes tiranos. São eles:
Ea) o tirano que obtém o poder pela
força das armas, aquele que obtém o poder por sucessão e aquele que obtém o
poder por vontade de Deus.
Eb) o tirano que obtém o poder
por meio de eleições, o que obtém o poder pela força das armas e o que obtém o
poder por vontade de Deus.
Ec) o tirano que obtém o poder
pela força das armas, aquele que obtém o poder por sucessão e aquele que obtém
o poder através de uma revolução.
d) o tirano que obtém o poder
por meio de eleições, aquele que obtém o poder pelas forças das armas e aquele
que obtém o poder por sucessão.
Ee) o tirano que obtém o poder
pela força das armas, aquele que obtém o poder através de uma revolução e
aquele que obtém o poder por meio de eleições.
14. (Uff
2012) De acordo com o filósofo iluminista Montesquieu, no livro clássico O Espírito
das Leis, quando as mesmas pessoas concentram o poder de legislar,
de executar e de julgar, instaura-se o despotismo, pois, para que os cidadãos
estejam livres do abuso de poder, é
preciso que “o poder freie o poder”.
Identifique a sentença que melhor resume esse
pensamento de Montesquieu.
Ea) Para que a sociedade seja
bem governada é necessário que uma só pessoa disponha do poder de legislar,
agir e julgar.
Eb) A separação dos poderes
enfraquece o Estado e toma a sociedade vulnerável aos ataques de seus inimigos.
c) A separação e independência
entre os poderes é uma das condições fundamentais para que os cidadãos possam
exercer sua liberdade.
Ed) A sociedade melhor
organizada é aquela em que o
executivo goza de poder absoluto.
Ee) As mesmas pessoas podem
concentrar o poder, desde que sejam bem intencionadas.
15.
(Enem 2012) É verdade que nas democracias o povo parece fazer o que quer; mas a
liberdade política não consiste nisso. Deve-se ter sempre presente em mente o
que é independência e o que é liberdade. A liberdade é o direito de fazer tudo
o que as leis permitem; se um cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem,
não teria mais liberdade, porque os outros também teriam tal poder.
MONTESQUIEU. Do Espírito das Leis. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1997
(adaptado).
A
característica de democracia ressaltada por Montesquieu diz respeito
Ea) ao status de cidadania que o indivíduo adquire ao tomar as decisões por si mesmo.
b) ao condicionamento da liberdade dos cidadãos à conformidade às leis.
Ec) à possibilidade de o cidadão participar no poder e, nesse caso, livre
da submissão às leis.
Ed) ao livre-arbítrio do cidadão em relação àquilo que é proibido, desde
que ciente das consequências.
Ee) ao direito do cidadão exercer sua vontade de acordo com seus valores
pessoais.
16.
(Ufpa 2012) O pensamento liberal
concebe, de acordo com o direito supostamente natural, o direito à propriedade,
fruto do trabalho, como um bem indispensável à conservação da vida, cabendo ao
Estado apenas a garantia, por meio de lei, de sua posse. Já o pensamento
marxista concebe o Estado como a expressão política dos interesses econômicos
da classe dominante.
A respeito da distinção entre as concepções
marxista e liberal, julgue as afirmativas:
I. Há relação entre política e
economia, de acordo com o pensamento liberal.
II. A relação entre política e
economia supostamente não existe, de acordo com o pensamento liberal.
III. Existe uma relação
intrínseca entre política e economia, de acordo com o pensamento marxista.
IV. Reconhece-se uma relativa
autonomia da economia em relação à política, no pensamento marxista.
As afirmativas corretas são
Ea) I e II.
b) II e III.
Ec) II e IV.
Ed) I e IV.
Ee) III e IV.
17.
(Uem 2011) A Filosofia apresentou como
debate político, ao longo da história, as questões da liberdade do indivíduo na
sociedade, teorizando a finalidade do Estado e das instituições sociais. Sobre
a natureza do debate filosófico acerca das questões políticas, assinale o que
for correto.
E01) Em virtude da defesa da
Igreja católica, a fundação do Estado Moderno de Direito é essencialmente
dogmática, já que os teóricos da Idade Média faziam da união dos planos humano
e divino a exigência central do republicanismo.
E02) O debate político em torno
dos ideais liberais e socialistas se dá no interior de questões religiosas,
pois nem John Locke nem Thomas Hobbes desvinculam o debate político das
questões metafísicas e morais.
E04) A importância do projeto de
Ludwig Feuerbach para a filosofia da época é seu profundo apego ao cristianismo
de Hegel, razão pela qual defendeu, na Essência do Cristianismo, a tese
espiritualista de que o Estado é o poder de Deus em nossas mãos.
08) Para Karl Marx, não basta
reivindicar a liberdade sem tomar decisões históricas e efetivas, capazes de
controlar os meios de produção e formar a consciência de classe dos
trabalhadores.
16) São conceitos fundamentais
do marxismo os conceitos de fetiche da mercadoria, alienação política, ação
política transformadora e emancipação humana.
18.
(Ufba 2011) Na teoria geral do Estado
distinguem-se, embora nem sempre com uma clara linha demarcatória, as formas de
governo dos tipos de Estado. Na tipologia das formas de governo, leva-se mais
em conta a estrutura de poder e as relações entre os vários órgãos dos quais a
constituição solicita o exercício do poder; na tipologia dos tipos de Estado,
mais as relações de classe, a relação entre o sistema de poder e a sociedade
subjacente, as ideologias e os fins, as características históricas e
sociológicas.
As tipologias clássicas das formas de
governo são três: a de Aristóteles, a de Maquiavel e a de Montesquieu.
(BOBBIO, 1987,
p. 104).
De acordo com o texto e com os conhecimentos
sobre formas de governo e estruturas de poder político, são verdadeiras as
proposições
01) Monarquia, aristocracia e
democracia são formas de governo definidas por Aristóteles, a partir do
conhecimento da diversidade política existente nas cidades-Estado da antiga
Grécia.
E02) A divisão de poderes
fundamentou a organização da primeira Constituição republicana brasileira,
promulgada em 1891, demonstrando a influência da teoria política de
Montesquieu.
E04) O pensamento político de
Montesquieu opunha-se à estrutura do Estado absolutista e propiciou as bases do
Estado Liberal.
08) As “razões de Estado”,
concebidas como valor político acima de qualquer outro ideal, foi um princípio
defendido por Maquiavel, considerado o fundador da moderna ciência política.
16) O modelo de república
liberal idealizado por Maquiavel é reconhecível nas formas de governo dos
países que, na contemporaneidade, constituem o denominado Grupo G8.
32) Aristóteles elaborou o
projeto político responsável pela unificação política da Grécia dentro do
modelo de tirania temporária.
E64) Montesquieu privilegiava o
Poder Executivo, em detrimento dos demais poderes, razão do seu distanciamento
do pensamento político e filosófico de Maquiavel.
19.
(Uem 2011) A Idade Média caracteriza-se
por uma concepção teocrática da política. O processo de secularização, que
ocorre no bojo da modernidade, produz concepções laicas da política. Sobre os
novos ideais da modernidade, assinale o que for correto.
01) A teoria política
contratualista de Jean-Jacques Rousseau foi utilizada como ponto de apoio pela
burguesia, preocupada em modificar a ordem política e social.
E02) A teoria política de Thomas
Hobbes ataca a ideia de soberania do Estado e preconiza a organização
pluralista de governo, que dá origem à formação do parlamentarismo inglês.
04) O termo secularização
surgiu nos séculos XVI e XVII, no campo jurídico, para indicar a passagem de um
Estado religioso para um Estado secular, ou da transição de propriedades e
prerrogativas eclesiásticas para instituições laicas.
E08) Para Max Weber, o processo
de secularização, que ocorre entre a modernidade e o fim da teocracia, teria
como consequência a formação de um Estado democrático, que delegaria todo poder
ao cidadão.
16) Maquiavel preconiza, tanto
em O Príncipe quanto em Comentários sobre a primeira década de Tito
Lívio, a formulação de um Novo Estado, de caráter laico e autônomo em
relação ao poder espiritual dos pontífices.
20.
(Uem 2011) Desde a filosofia da
antiguidade clássica grega até a filosofia contemporânea, encontra-se, nas
obras filosóficas, formulado em várias concepções, o tema da relação entre
saber e poder. Sobre essa relação, assinale o que for correto.
E01) Para a teoria da ação
comunicativa, de Jürgen Habermas, a linguagem deve ser imperativa, de forma que
seja conhecida e mantida a ordem social; isso explica por que o ato de fala
expressa sempre uma relação de poder.
E02) Os sofistas utilizaram a
retórica como uma forma de maiêutica, de maneira que seus interlocutores, ao
descobrirem a verdade, procuraram, além da ambição política, a melhor forma de
governo.
E04) Nicolau Maquiavel considera
que o príncipe pode governar apenas com o uso do poder das armas e que o
conhecimento da realidade política é desnecessário.
08) Para Francis Bacon, o
conhecimento e a ciência não são apenas instrumentos de exercício do poder
sobre a natureza, mas também devem ser postos a serviço do poder político,
fortalecendo o Estado.
16) Michel Foucault inverte a
relação tradicionalmente posta entre saber e poder, segundo a qual o saber
antecede o poder. Para ele, o poder não se encontra separado do saber, mas,
sim, é condição dele.
21.
(Uem 2011) A democracia tornou-se o
apanágio das sociedades políticas modernas, no entanto, do século V a.C. até o
século XIX, teve poucos representantes.
Sobre as dificuldades de realização do
processo democrático, assinale o que for correto.
E01) Através do modelo de
sociedade patriarcal, os romanos lançaram as bases ideológicas do processo
democrático moderno, centrado na figura do pater.
02) Para Gerd Bornheim, o maior
desafio das sociedades políticas contemporâneas é o de equacionar, no mesmo
regime, a democracia e o individualismo do sujeito autônomo.
E04) Barão de Montesquieu, em O
espírito das leis, condenou a educação moral e cívica e a transformação do
indivíduo em cidadão, pois o homem é, na sua concepção, naturalmente bom, e a
sociedade o corrompe.
08) Jean-Jacques Rousseau, no Discurso
sobre a origem e o fundamento da desigualdade entre os homens, está
em desacordo com John Locke e Adam Smith, porque, para eles, é
importante garantir a propriedade privada à sociedade civil.
E16) O utilitarismo, como
princípio de extensão da felicidade ao maior número de pessoas, utiliza o
conceito de alienação para o convencimento dos indivíduos ao interesse maior,
que é o Estado.
22.
(Uem 2010) As principais
características do republicanismo estão ligadas à própria definição da res
publica, “o regime da coisa pública, do bem público, que se sobrepõe aos
interesses privados: é o regime da abnegação cívica; (...) da ética na
política, do combate incessante à corrupção em que todos – governantes e
governados – estão submetidos às leis que eles mesmos criaram; (...) são essas
leis que garantem a liberdade, porque limitam poderes”.
(Filosofia Ensino Médio. Secretaria de
Estado e Educação do Paraná, p. 225-228.)
Sobre o republicanismo, assinale o que for correto.
E01) Na República de
Platão, podem-se encontrar os fundamentos de todos os princípios políticos do
republicanismo que irão servir de modelo para a formação dos regimes
republicanos modernos.
E02) O republicanismo opõe-se
aos sistemas de governo democráticos, pois na democracia há uma
incompatibilidade de princípio entre o interesse individual e o interesse
público.
E04) Na sua obra Política,
Aristóteles defende a democracia contra as ideias republicanas de Platão, pois
considera que, ao defender a escravidão, Platão fere os princípios políticos da
liberdade e igualdade entre os homens.
08) Na Roma Antiga, o grande
mentor do republicanismo foi Cícero (106-43 a.c), autor de Da República.
Depois da Idade Média, as ideias do republicanismo ressurgem na Itália
renascentista, exercendo uma influência significativa na obra de Nicolau
Maquiavel.
16) O republicanismo é uma
alternativa concreta de superação dos limites e contradições do liberalismo,
por meio do resgate da importância da participação das pessoas na vida
política, como garantia da liberdade e da não dominação.
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