domingo, 13 de setembro de 2015

AVAL. 3º ano III bim 15



Aval 3º ano III bimestre
Atenção: as questões com um ( E ) na frente estão erradas. As demais são corretas.

1. (Uem 2013)  Assinale o que for correto.
E01) Como há uma separação clara entre o que é verdadeiro, portanto campo do juízo científico, e do que é belo, campo do juízo estético, poucos filósofos se dedicaram à investigação do juízo do gosto.   
02) Walter Benjamin ponderava, em uma visão otimista da sociedade industrial, que a reprodução técnica da obra de arte – em livros, nas artes gráficas, na fotografia, no rádio e no cinema – propiciaria um movimento de democratização da cultura e das artes.   
04) Kant, ao investigar os problemas da subjetividade do juízo do gosto, considerava a beleza como uma categoria universal da razão e, a partir da discussão sobre a beleza, propunha ser possível atingir um juízo estético possível de ser compartilhado por todos.   
08) Os iluministas consideravam que era na contemplação desinteressada da obra que se dava o sentimento estético, porém tal contemplação dependia do refinamento da sensibilidade, que deveria ser alcançado pela educação.   
E16) A arte midiática, que atinge um número muito maior de indivíduos, proporciona uma maior concordância de opiniões no que se refere ao juízo do gosto. Tal fato prova que a arte de massa é mais verdadeira do que as manifestações individualizadas, que propiciam juízos de valor muito mais particulares.   
  
2. (Uem 2013)  “Ao criticar o mito e exaltar a ciência, contraditoriamente o positivismo fez nascer o mito do cientificismo, ou seja, a crença cega na ciência como única forma de saber possível. Desse modo, o positivismo mostra-se reducionista, já que, bem sabemos, a ciência não é a única interpretação válida do real. De fato, existem outros modos de compreensão, como o senso comum, a filosofia, a arte, a religião, e nenhuma delas exclui o fato de o mito estar na raiz da inteligibilidade. A função fabuladora persiste não só nos contos populares, no folclore, mas também na vida diária, quando proferimos certas palavras ricas de ressonâncias míticas – casa, lar, amor, pai, mãe, paz, liberdade, morte – cuja definição objetiva não esgota os significados que ultrapassam os limites da própria subjetividade.”
(ARANHA, M. L.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. 4ª. ed. rev. São Paulo: Moderna, 2009, p. 32)
A partir do trecho citado, assinale o que for correto.
E01) Ao contrário da ciência, o senso comum, a religião e a filosofia refletem uma imagem incompleta e precária do real.   
E02) O mito do cientificismo é a aplicação do rigor formal do método científico à dança, à música e a diversas outras formas de expressão popular.   
E04) O positivismo utiliza o inconsciente e o mito como forma de expressão do mundo.   
08) Explicações de caráter mítico, apesar de pertencerem ao período antigo, sobrevivem na modernidade.   
16) A função fabuladora recupera aspectos do mito que se distinguem da razão e do método científico.   
  
3. (Uem 2013)  “A obra de arte é o resultado de uma operação conjunta da natureza e do espírito, que se dá no artista considerado como “gênio”, isto é, que cria sob o impulso obscuro da natureza; é o resultado de uma conjunção, ou melhor, de uma coincidência entre este impulso natural, inconsciente, e a atividade consciente, livre, voluntária. ‘A atividade livre torna-se involuntária’, e a atividade espontânea, instintiva, torna-se livre. O artista está acima ou aquém dos contrários, na origem das coisas, semelhante a Deus. Ligando-se à origem das coisas, ele consegue decifrar a natureza inteira como um hieróglifo ou como uma obra cujo segredo conhece.”
(HAAR, M. A obra de arte. Tradução de Maria Helena Kuhner. 2ª. ed. Rio de Janeiro: DIFEL, 2007, p. 42-3. Coleção Enfoques – Filosofia)
Sobre o excerto citado, assinale o que for correto.
01) A arte é uma forma de saber ou um conhecimento que revela a natureza implícita das coisas.   
02) O gênio é um conceito estético utilizado para designar a atividade criadora do artista.   
04) Na obra de arte genial, liberdade do espírito e necessidade da matéria são coincidentes.   
08) Como os hieróglifos, as obras de arte precisam ser interpretadas.   
E16) A arte deforma a natureza, pois o artista, ao contrário de Deus, não é perfeito.   
  
4. (Uem 2012)  “Para os filósofos gregos, a poesia, a pintura, a escultura e até mesmo a música são artes miméticas, que têm por essência a imitação”
(NUNES, Benedito. Introdução à filosofia da arte. 5ª. ed. São Paulo: Ática, 2010, p.37).
Sobre o estatuto da mímesis, assinale o que for correto.
01) Para Platão, a pintura e a escultura não imitam a ideia, a forma essencial, que é a verdadeira realidade, mas a aparência sensível, defectiva e ilusória, que o conhecimento intelectual tem por fim corrigir e conceitualizar.   
02) Aristóteles acredita que no homem a tendência imitativa está associada à própria razão, a qual se manifesta na arte, que é um modo correto e racional de fazer e de produzir.   
E04) No teatro, o caráter mimético da arte expressa-se no uso da máscara, usada pelo herói, visto que representa sua verdadeira personalidade.   
E08) Entre os pré-socráticos, Heráclito defende o caráter mimético da arte, cuja função é representar a unidade harmônica da natureza.   
16) Para Sócrates, o artista, particularmente o escultor, quando na obra de arte alcança a beleza, consegue reproduzir o estado interior, os movimentos da alma do seu modelo.   
  
5. (Uem 2012)  “A Estética, enquanto reflexão filosófica, busca compreender, num primeiro momento, o que é beleza, o que é belo. A preocupação com o belo, com a arte e com a sensibilidade” é própria da reflexão estética. Não se trata de “uma discussão de preferências, simplesmente com o fim de uniformizar os gostos. Então, ela não poderá ser normativa, determinando o que deve ser, obrigatoriamente, apreciado por todos.”
(Filosofia. Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006, p. 272).
Ainda assim, a tentativa de uma definição do belo vem acompanhando a História da Arte há muito tempo, sendo correto afirmar que
E01) os padrões clássicos de beleza, como harmonia, simetria, equilíbrio e proporcionalidade exerceram uma influência tão acentuada em todos os períodos da História, que só viriam a ser confrontados nos anos 60 do século XX, com a Pop Art de Andy Warhol.   
02) o desenvolvimento da sociedade industrial e as inovações nas tecnologias de comunicações passaram a interferir na formação e no redimensionamento dos padrões de beleza. O poder dos veículos de comunicação de massa buscou uniformizar, cada vez mais, esses ideais de beleza, direcionando-os para o consumo.   
04) Sócrates, já na antiguidade, lançava mão de um conceito familiar aos tempos modernos, algo como uma estética funcionalista, ao associar o belo ao útil pois, para ele, sempre que um objeto cumpria sua função era belo. Desta forma, o filósofo refletia, em parte, o pensamento artístico grego.   
08) na Idade Média, com a valorização da fé e da espiritualidade trazida pelo cristianismo, o corpo humano foi associado ao mundo material e aos valores terrenos. Em consequência disso, passou a ser visto como oposto à busca do divino, tornando-se símbolo do pecado e contrário ao que se considerava belo.   
16) Aristóteles associava o conceito de belo ao conceito de bom, e, para ele, as artes tinham uma função moral e social, ao reforçarem os laços da comunidade. Por esse motivo, preferia a tragédia, pois, nela, a imitação das ações humanas (boas ou más) reproduziriam um efeito chamado de catarse, ou seja, uma purificação dos sentimentos ruins a partir da sua visualização na arte.   
  
6. (Uem 2010)  “Sob o nome de estética encontramos o ramo da filosofia que estuda racionalmente o belo e o sentimento que suscita nos seres humanos.”
(ARANHA, Maria L. de Arruda e MARTINS, Maria H. Pires. Filosofando: introdução à filosofia p.369.)
Sobre os conceitos da filosofia aplicados à experiência estética, assinale o que for correto.
E01) O processo criador das artes, no período clássico, é desarmônico e acidentado, sem prender-se ao estudo da proporção e das leis áureas de composição, simetria e enquadramento.   
02) Marcel Duchamp, sob o pseudônimo de R. Mutt, colocou um mictório como peça de exposição num museu, atacando, com esse gesto, o conceito de arte clássica.   
E04) Merleau-Ponty, em O olho e o espírito, aproxima-se de Lessing e do tema clássico “ut pictura poiesis” [como a poesia, a pintura], afirmando que a poesia pinta com as palavras e a pintura escreve com as cores.   
08) Martin Heidegger, depois de 1930, abandona o projeto esboçado em seu livro Ser e tempo e retorna aos poetas, sobretudo Hölderlin e Rilke, tendo em vista a faculdade nominativa e ontológica da linguagem.   
16) São conceitos fundamentais da estética de Nietzsche o apolíneo e o dionisíaco, garantindo para a arte aspectos essenciais da existência, como o irracional e o inconsciente.   
  
7. (Uem 2013)  Considerando seus conhecimentos sobre os processos de desigualdade social, assinale o que for correto.
01) Martin Luther King é um dos principais nomes associados aos movimentos de luta por direitos civis nos Estados Unidos no século XX, representando as ações contra o racismo e contra a segregação naquele país.   
02) O apartheid foi um sistema de leis que vigorou na África do Sul durante o século XX, estabelecendo os domínios político, social e econômico da população branca sobre a maioria negra naquele país. Nelson Mandela, um dos líderes do movimento contra o apartheid, foi condenado à prisão pelo governo africano nos anos de 1960 e libertado na década de 1990, após a destituição legal do regime de segregação racial.   
E04) Os casos de estupro coletivo ocorridos na Índia, os quais vêm sendo constantemente anunciados pela mídia, não podem ser considerados fatos de violação aos direitos humanos, uma vez que obedecem a uma lógica cultural e religiosa característica do sistema de castas indiano.   
08) No Brasil, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, criada em 1995, é uma comissão permanente da Câmara de Deputados e tem como uma de suas atribuições garantir a aplicação do princípio de que toda pessoa tem direitos básicos e inalienáveis que devem ser protegidos pelo Estado.   
16) No Brasil, a Lei 11.340, de 7 de agosto de 2006, mais conhecida como Lei Maria da Penha, cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher e representa um importante avanço no combate à discriminação de gênero no Brasil.   
  
8. (Uem 2012)  Assinale o que for correto sobre os significados atribuídos aos conceitos de “cidadania” e de “cidadão”, em distintos momentos históricos.
E01) Durante a Idade Média, o único trabalhador era o servo da gleba, que lutou para ter seus direitos políticos e sua cidadania reconhecidos pelos senhores feudais.   
02) Em cidades-estado (pólis) da Grécia Antiga, como Atenas, os escravos e os estrangeiros não eram considerados cidadãos.   
04) Em nossos dias, a cidadania está diretamente vinculada aos direitos humanos, que tiveram seu reconhecimento formal com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela ONU.   
08) No começo da Idade Moderna, havia uma separação entre o homem urbano e o homem rural; o termo “cidadão” se referia ao habitante da cidade e não diretamente às questões políticas.   
16) A partir do final do século XVIII, com a Revolução Francesa e a Independência dos EUA, o conceito de cidadania ampliou-se e aprofundou-se, até alcançar todos os indivíduos das sociedades democráticas modernas.   
  
9. (Uem 2012)  Sobre o Estado de Bem-Estar Social, implementado em diferentes nações capitalistas no século XX, assinale o que for correto.
E01) Fundamentava-se em uma doutrina econômica que pregava a livre regulação dos mercados e, consequentemente, a não intervenção estatal nos assuntos relacionados à produção material.   
02) Surge como estratégia de reversão da crise econômica das primeiras décadas do século XX, por meio de políticas anticíclicas.   
04) As políticas de pleno emprego, inspiradas no modelo econômico proposto por John Maynard Keynes, foram estratégias comuns a todos os países que implementaram versões do Estado de Bem-Estar.   
08) Os altos investimentos públicos, necessários para a efetivação das políticas anticíclicas, foram obtidos por meio da criação de impostos ou elevação de alíquotas já existentes.   
E16) O desenvolvimento do Estado de Bem-Estar Social gerou, nos países de industrialização avançada, um acirramento da concentração de renda nas mãos de uma minoria privilegiada.   
  
10. (Uem-pas 2011)  A respeito da monarquia absolutista que vigorou na Europa no início da era moderna, é correto afirmar que
E01) foi uma forma de governo adotada pelos senhores feudais, camponeses e clero católico contra as ameaças representadas pelo desenvolvimento da burguesia.   
E02) teve como um representante típico o imperador romano Constantino, do século IV d.C.   
E04) o monarca exercia um poder de forma democrática, ouvindo todos os setores da sociedade.   
08) o monarca intervinha vigorosamente na vida econômica, buscando fazer alianças com a burguesia, classe em ascensão.   
16) a monarquia valeu-se da teoria do direito divino dos reis, para se legitimar.   
  
11. (Uem 2011)  Sobre a organização dos Estados Nacionais no século XX, assinale o que for correto.
01) Tanto os Estados nazifascistas quanto o Estado soviético originaram-se como reação aos princípios e práticas do liberalismo político e econômico.   
E02) A defesa da raça ariana e de princípios políticos nacionalistas afastou o Estado nazista das práticas expansionistas que caracterizaram outros Estados nacionais europeus, na primeira metade do século XX.   
04) Nos países de industrialização tardia, como foi o caso da Itália e da Alemanha, a organização de Estados totalitários serviu para acelerar a monopolização interna de capital e combater as crises econômicas internas.   
08) No Brasil, a ditadura do Estado Novo se distinguiu dos regimes totalitários europeus, por não possuir um partido de massa e uma ideologia organizada.   
16) Após o fim da Segunda Guerra Mundial, o modelo estatal soviético, caracterizado pela planificação econômica e centralização política, ampliou sua influência nos países da Europa oriental.   
  
12. (Uem 2009)  Entre o final do século XVII e o final do século XIX, desenvolvem-se duas grandes concepções referentes à organização social e à ordem política, isto é, o liberalismo e o socialismo. Essas duas doutrinas diferenciam-se tanto pelos princípios que fundamentam a organização social e a ordem política, quanto por pretenderem atender aos interesses de classes sociais divergentes. Assinale o que for correto.
01) Ao formular a teoria da propriedade privada como direito natural, o filósofo inglês John Locke estabeleceu um dos princípios que fundamentaram a organização social e a ordem política do liberalismo.   
E02) A revolta da Comuna de Paris, em 1871, foi uma insurreição dos liberais contra o Estado que, ao decretar leis para regulamentar o mercado, infringia o princípio do “deixai fazer, deixai passar”, ou seja, da não intervenção do Estado na economia.   
04) Karl Marx e Friedrich Engels ficaram conhecidos como representantes do socialismo científico. Eles criticaram os socialistas utópicos, tais como Charles Fourier e Robert Owen, que acreditavam ser possível mudar a realidade social de maneira idealista e voluntarista, criando comunidades-modelo.   
08) John Stuart Mill foi um dos poucos liberais que criticou as desigualdades sociais e políticas, a ponto de defender o sufrágio universal contra o voto censitário e ser um dos pioneiros na defesa da emancipação da mulher.   
16) Karl Marx e Friedrich Engels criticaram a democracia burguesa fundada no liberalismo, que, para eles, dissimulava o poder político do capitalista proprietário dos meios de produção e legitimava o domínio sobre o operariado expropriado.

Um comentário:

  1. Por favor, como identifico as respostas, estou em duvida na número 3.

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