segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

FILOSOFIA 3º ANO 4º Bimestre

Algumas questões abaixo entrarão em nossa avaliação do 4º bimestre. As alternativas sublinhadas são respostas corretas.

1. (Unioeste 2013)  “Quando dizemos que o homem se escolhe a si mesmo, queremos dizer que cada um de nós se escolhe a si próprio; mas com isso queremos também dizer que, ao escolher-se a si próprio, ele escolhe todos os homens. Com efeito, não há de nossos atos um sequer que, ao criar o homem que desejamos ser, não crie ao mesmo tempo uma imagem do homem como julgamos que deve ser. Escolher isto ou aquilo é afirmar ao mesmo tempo o valor do que escolhemos, porque nunca podemos escolher o mal, o que escolhemos é sempre o bem, e nada pode ser bom para nós sem que o seja para todos. Se a existência, por outro lado, precede a essência e se quisermos existir, ao mesmo tempo em que construímos a nossa imagem, esta imagem é válida para todos e para a nossa época. Assim, a nossa responsabilidade é muito maior do que poderíamos supor, porque ela envolve toda a humanidade”.

Sartre.

Considerando o texto citado e o pensamento sartreano, é INCORRETO afirmar que
a) o valor máximo da existência humana é a liberdade, porque o homem é, antes de mais nada, o que tiver projetado ser, estando “condenado a ser livre”.   
b) totalmente posto sob o domínio do que ele é, ao homem é atribuída a total responsabilidade pela sua existência e, sendo responsável por si, é também responsável por todos os homens.   
c) o existencialismo sartreano é uma moral da ação, pois o homem se define pelos seus atos e atos, por excelência, livres, ou seja, o “homem não é nada além do conjunto de seus atos”.   
d) o homem é um “projeto que se vive subjetivamente”, pois há uma natureza humana previamente dada e predefinida, e, portanto, no homem, a essência precede a existência.   
e) por não haver valores preestabelecidos, o homem deve inventá-los através de escolhas livres, e, como escolher é afirmar o valor do que é escolhido, que é sempre o bem, é o homem que, através de suas escolhas livres, atribui sentido a sua existência.   
  
2. (Uem 2012)  O filósofo Immanuel Kant (1724-1804) estabelece uma íntima relação entre a liberdade humana e sua capacidade de pensar autonomamente, ao afirmar:

Esclarecimento é a saída do homem da menoridade pela qual é o próprio culpado. Menoridade é a incapacidade de servir-se do próprio entendimento sem direção alheia. [...] É tão cômodo ser menor. Possuo um livro que faz as vezes do meu entendimento; um guru espiritual, que faz às vezes de minha consciência; um médico, que decide por mim a dieta etc.; assim não preciso eu mesmo dispensar nenhum esforço. Não preciso necessariamente pensar, se posso apenas pagar.”

(KANT, I. Resposta à questão: o que é esclarecimento? In: Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED-PR, 2009. p. 407).

A partir do texto de Kant, é correto afirmar que
01) liberdade é não precisar de ninguém para nada.   
02) riqueza não é sinônimo de liberdade, como pobreza não é sinônimo de escravidão.   
04) a justificativa para a falta de liberdade é a pouca idade dos seres humanos.   
08) a liberdade é, primeiramente, liberdade de pensamento.   
16) a liberdade é resultado de um esforço pessoal incômodo para libertar-se das amarras do pensamento.   
  
3. (Unimontes 2011)  Podemos dizer que o ser humano se faz pelo trabalho, porque, ao mesmo tempo em que produz coisas, torna-se humano, constrói a própria subjetividade, desenvolve a imaginação, aprende a se relacionar com os demais, a enfrentar conflitos, a exigir de si mesmo a superação das dificuldades.

Com relação ao trabalho, podemos afirmar:
a) Como condição de humanização, o trabalho liberta ao viabilizar projetos e concretizar sonhos.   

b) Como condição de humanização, o trabalho escraviza e prejudica ao viabilizar projetos e concretizar sonhos.   
c) Como condição de escravidão, o trabalho liberta ao viabilizar projetos e concretizar sonhos.   
d) Como condição de humanização, o trabalho não liberta ao viabilizar projetos e concretizar sonhos.   
  
4. (Uem 2013)  A lógica formal aristotélica estuda a relação entre as premissas e a conclusão de inferências válidas e inválidas (segundo a forma), a partir de proposições falsas e verdadeiras (segundo o conteúdo). Chamamos de falácias ou sofismas as formas incorretas de inferência. Levando em conta a forma da inferência, assinale o que for correto.
01) A inferência “Fulano será um bom prefeito porque é um bom empresário.” é uma falácia.   
02) A inferência “Todos os homens são mortais. Sócrates é homem, logo Sócrates é mortal.” é válida.   
04) A inferência “Ou fulano dorme, ou trabalha. Fulano dorme, logo não trabalha.” é uma falácia.   
08) A inferência “Nenhum gato é pardo. Algum gato é branco, logo todos os gatos são brancos.” é uma falácia.   
16) A inferência “Todos que estudam grego aprendem a língua grega. Estudo grego, logo aprendo a língua grega.” é válida.   
  
5. (Uem 2011)  A liberdade é, entre todos os bens, o maior e o mais difícil de ser exercido, devido à complexidade de sua natureza, que se relaciona com a ética, com a Filosofia política, com a Filosofia existencialista etc.

Sobre os diferentes usos do conceito de liberdade, assinale o que for correto.
01) Para Guilherme de Ockham, o poder tirânico é contrário à liberdade concedida por Deus, e devemos, por isso, submeter até mesmo a Igreja e o papa ao direito natural e divino.   
02) Para Hannah Arendt, a liberdade não representa um ente de razão ou um direito divino, mas um fato político genuíno, razão pela qual o ser da política é a liberdade, e seu campo de experiência, a ação humana.   
04) O pensamento liberal defende, majoritariamente, a intervenção do Estado, da religião e das ciências na vida do cidadão, pois a ingerência do Estado e das instituições aumenta, segundo o liberalismo, o bem-estar e a liberdade dos indivíduos.   
08) Para Etienne de La Boétie, a liberdade é espontânea e intransferível, razão pela qual o cidadão jamais perde, mesmo sob o jugo da escravidão, da ditadura e do despotismo, a consciência de ser livre.   
16) Para Sartre, a liberdade não depende de um projeto existencial, pois o existencialismo é uma crítica à razão prática em nome da razão teórica, que é racional e a priori.   
  
6. (Uem 2011)  Para Nicola Abbagnano, a liberdade “tem três significações fundamentais, correspondentes a três concepções que se sobrepuseram ao longo de sua história e que podem ser caracterizadas da seguinte maneira: 1. Liberdade como autodeterminação ou autocausalidade, segundo a qual a liberdade é ausência de condições e de limites; 2. Liberdade como necessidade, que se baseia no mesmo conceito da precedente, a autodeterminação, mas atribuindo-a à totalidade a que o homem pertence (Mundo, Substância, Estado); 3. Liberdade como possibilidade ou escolha, segundo a qual a liberdade é limitada e condicionada, isto é, finita

(ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. Tradução da 1.ª ed. coordenada e revista por Alfredo Bossi. 5ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007, p.699).

Sobre a liberdade, assinale o que for correto.
01) O anarquismo individualista defende a segunda concepção de liberdade, expressa no enunciado.   
02) A filosofia existencialista de Jean-Paul Sartre desenvolve a primeira concepção de liberdade, expressa no enunciado.   
04) A filosofia de Georg Wilhelm Hegel identifica-se com a segunda concepção de liberdade, expressa no enunciado.   
08) Para Thomas Hobbes, existe uma liberdade de fazer, não uma liberdade de querer; portanto, a liberdade para este filósofo é caracterizada pela terceira concepção, expressa no enunciado.   
16) Enquanto as duas primeiras concepções de liberdade, expressas no enunciado, possuem um núcleo conceitual comum, a terceira não recorre a esse núcleo.   
7. (Uem 2010)  O conceito de liberdade recebe denotações diferentes ao longo da história. Considerando os autores Aristóteles, John B. Watson, Burrhus F. Skinner, Jean-Paul Sartre e Merleau-Ponty, assinale o que for correto.
01) O behaviorismo de John B. Watson e Burrhus F. Skinner defende a liberdade incondicionada, pois nenhuma determinação condiciona o comportamento humano.   
02) Na Ética a Nicômaco, Aristóteles define o ato voluntário como “princípio de si mesmo”, de modo que tanto a virtude quanto o vício dependem da vontade do indivíduo.   
04) A fenomenologia de Merleau-Ponty defende uma concepção de liberdade situada, superando a antinomia clássica do determinismo (anulação da liberdade) e do livre arbítrio (liberdade absoluta).   
08) A concepção da liberdade de Jean-Paul Sartre é tributária do conceito grego de destino, bem visível no nome dos heróis das tragédias de Ésquilo, Sófocles e Eurípedes.   
16) Para o existencialismo sartreano, a existência precede a essência; por essa razão, o homem jamais poderá ser livre.   

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