ABM 2º ano 2015
Olá Pessoal!
Algumas questões publicadas a seguir entram na ABM do 2º bimestre.
Estudem para lograr êxito no resultado. Sucesso.
As questões
sublinhadas são as corretas.
1.
(Ufsm 2015) A necessidade de conviver
em grupo fez o homem desenvolver estratégias adaptativas diversas. Darwin, num
estudo sobre a evolução e as emoções, mostrou que o reconhecimento de emoções
primárias, como raiva e medo, teve um papel central na sobrevivência. Estudos
antigos e recentes têm mostrado que a moralidade ou comportamento moral está
associado a outros tipos de emoções, como a vergonha, a culpa, a compaixão e a
empatia. Há, no entanto, teorias éticas que afirmam que as ações boas devem ser
motivadas exclusivamente pelo dever e não por impulsos ou emoções. Essa teoria
é a ética
a) deontológica
ou kantiana.
b) das virtudes.
c) utilitarista.
d) contratualista.
e) teológica.
2.
(Uel 2015) Leia o texto a seguir.
As leis morais juntamente
com seus princípios não só se distinguem essencialmente, em todo o conhecimento
prático, de tudo o mais onde haja um elemento empírico qualquer, mas toda a
Filosofia moral repousa inteiramente sobre a sua parte pura e, aplicada ao
homem, não toma emprestado o mínimo que seja ao conhecimento do mesmo
(Antropologia).
KANT, I. Fundamentação
da Metafísica dos Costumes. Trad. de Guido A. de Almeida. São Paulo:
Discurso Editorial, 2009. p.73.
Com base no texto e na questão da liberdade
e autonomia em Immanuel Kant, assinale a alternativa correta.
a) A fonte das ações morais
pode ser encontrada através da análise psicológica da consciência moral, na
qual se pesquisa mais o que o homem é, do que o que ele deveria ser.
b) O elemento determinante do
caráter moral de uma ação está na inclinação da qual se origina, sendo as
inclinações serenas moralmente mais perfeitas do que as passionais.
c) O sentimento é o elemento
determinante para a ação moral, e a razão, por sua vez, somente pode dar uma
direção à presente inclinação, na medida em que fornece o meio para alcançar o
que é desejado.
d) O ponto de partida dos
juízos morais encontra-se nos “propulsores” humanos naturais, os quais se
direcionam ao bem próprio e ao bem do outro.
e) O princípio supremo da
moralidade deve assentar-se na razão prática pura, e as leis morais devem ser
independentes de qualquer condição subjetiva da natureza humana.
3.
(Pucpr 2015) A preocupação sobre o
futuro da natureza e a ação da civilização tecnológica apresenta-se como traços
constitutivos do pensamento de Hans Jonas. Neste sentido, o princípio
responsabilidade pretende superar as éticas tradicionais, as quais o autor
chama de “éticas da similitude”. A respeito da reflexão ética de Hans Jonas,
assinale a alternativa INCORRETA.
a) A responsabilidade não tem
nenhuma implicância e relevância com relação às futuras gerações, associando-
se, assim, com a ética de Kant.
b) A responsabilidade adquire
uma nova dimensão pela técnica que as éticas tradicionais (por exemplo, a ética
aristotélica) não comportam, uma vez que estas não apontam para as
consequências futuras.
c) As éticas tradicionais
primam pelo antropocentrismo, tornando-se, assim, um problema, pois não buscam
um fim imanente também na natureza.
d) A responsabilidade pelas
futuras gerações e pelo todo orgânico são elementos fundamentais na proposta
ética de Hans Jonas.
e) A responsabilidade não pode
ser uma relação recíproca, uma vez que tal relação se move incidindo numa ética
futurista.
4. (Ufsm 2015) O biólogo Edward Wilson sustenta
que a teoria da evolução explica não apenas a evolução das características
físicas predominantes em uma espécie, mas também a evolução de traços sociais
(como a divisão social do trabalho, a evolução da linguagem e da moralidade).
Se isso é verdade, então aquilo que hoje tendemos a considerar moralmente
correto pode ser um produto de nosso passado evolutivo. Se nosso passado
evolutivo tivesse sido diferente, é possível que nossa sensibilidade moral hoje
também fosse diferente.
Observe as afirmações a seguir, considerando
as que são compatíveis com o enunciado da questão.
I. O fato de hoje tendermos a valorizar atos de
bondade e compaixão e a desvalorizar atos de crueldade é um traço biológico de nossa espécie que deve ter
trazido vantagens adaptativas aos nossos antepassados.
II. Há um conjunto de normas morais que não
mudam e que sempre foram adotadas universalmente.
III. A evolução moral está correlacionada com a
capacidade adaptativa dos indivíduos e grupos ao ambiente em que vivem.
5.
(Unesp 2014) A
condenação à violência pode ser estendida à ação dos militantes em prol dos
direitos animais que depredaram os laboratórios do Instituto Royal, em São
Roque. A nota emocional é difícil de contornar: 178 cães da raça beagle, usados
em testes de medicamentos, foram retirados do local. De um lado, por mais que
seja minimizado e controlado, há o sofrimento dos bichos. Do outro lado, está
nosso bem maior: nas atuais condições, não há como dispensar testes com animais
para o desenvolvimento de drogas e medicamentos que salvarão vidas humanas.
(Direitos animais.
Veja, 25.10.2013.)
Sob o ponto de vista filosófico, os valores
éticos envolvidos no fato relatado envolvem problemas essencialmente
relacionados
a) à legitimidade do domínio
da natureza pelo homem.
b) a diferentes concepções de
natureza religiosa.
c) a disputas políticas de
natureza partidária.
d) à instituição liberal da
propriedade privada.
e) aos
interesses econômicos da indústria farmacêutica.
6.
(Enem 2014) Panayiotis Zavos “quebrou”
o último tabu da clonagem humana – transferiu embriões para o útero de
mulheres, que os gerariam. Esse procedimento é crime em inúmeros países.
Aparentemente, o médico possuía um laboratório secreto, no qual fazia seus
experimentos. “Não tenho nenhuma dúvida de que uma criança clonada irá aparecer
em breve. Posso não ser eu o médico que irá criá-la, mas vai acontecer”,
declarou Zavos. “Se nos esforçarmos, podemos ter um bebê clonado daqui a um
ano, ou dois, mas não sei se é o caso. Não sofremos pressão para entregar um
bebê clonado ao mundo. Sofremos pressão para entregar um bebê clonado saudável
ao mundo.”
CONNOR, S. Disponível em: www.independent.co.uk. Acesso em: 14 ago.
2012 (adaptado).
A clonagem humana
é um importante assunto de reflexão no campo da bioética que, entre outras
questões, dedica-se a
a) refletir
sobre as relações entre o conhecimento da vida e os valores éticos do homem.
b) legitimar
o predomínio da espécie humana sobre as demais espécies animais no planeta.
c) relativizar,
no caso da clonagem humana, o uso dos valores de certo e errado, de bem e mal.
d) legalizar,
pelo uso das técnicas de clonagem, os processos de reprodução humana e animal.
e) fundamentar
técnica e economicamente as pesquisas sobre células-tronco para uso em seres
humanos.
7. (Ufsm
2013) Leonardo Boff inclui a generosidade como uma
pilastra de um modelo adequado de sustentabilidade. Ele a caracteriza do
seguinte modo: Generoso é aquele que comparte, que distribui conhecimentos e
experiências sem esperar nada em troca. Já os clássicos da filosofia política,
como Platão e Rousseau, afirmavam que uma sociedade não pode fundar-se apenas
sobre a justiça. Ela se tomaria inflexível e cruel. Ela deve viver também da
generosidade dos cidadãos, de seu espírito de cooperação e de solidariedade
voluntária.
Considere as seguintes afirmações:
I. Segundo o texto,
generosidade e justiça podem ser complementares uma à outra.
II. Segundo o
texto, se uma sociedade é inflexível e cruel, então ela está fundada apenas
sobre a justiça.
III. Já na
ética aristotélica, a generosidade é uma virtude e a extravagância e a avareza
são os vícios correlacionados a ela.
8. (Ufsm
2013) A economia verde contém os seguintes
princípios para o consumo ético de produtos: a matéria-prima dos produtos deve
ser proveniente de fontes limpas e não deve haver desperdício dos produtos. O
Estado, entretanto, não impõe, até o presente momento, sanções àqueles cidadãos
que não seguem esses princípios.
Considere as seguintes afirmações:
I. Esses princípios são juízos de fato.
II. Esses
princípios são, atualmente, uma questão de moralidade, mas não de legalidade.
III. A ética
epicurista, a exemplo da economia verde, propõe uma vida mais moderada.
9.
(Uem 2013) “Para Sartre, principal
representante do existencialismo francês, só as coisas e os animais são ‘em
si’, isto é, teriam uma essência. O ser humano, dotado de consciência, é um
‘ser-para-si’, ou seja, é também consciência de si. Isso significa que é um ser
aberto à possibilidade de construir ele próprio sua existência. Por isso, é
possível referir-se à essência de uma mesa (...) ou à essência de um animal
(...), mas não existe uma natureza humana encontrada de forma igual em todas as
pessoas, pois ‘o ser humano não é mais que o que ele faz’.”
(ARANHA, M. L.
A.; MARTINS, M. H. P. Temas de filosofia. 3.ª ed. revista. São
Paulo: Moderna, 2005. p. 39).
Com base na citação e nos seus conhecimentos
sobre o existencialismo, assinale o que for correto.
01) As coisas e os animais não
têm consciência de si.
02) O ser em si não pode ser
senão aquilo que é, ao passo que, ao ser-para-si, é permitida a liberdade de
ser o que fizer de si.
04) A consciência humana é um
fator histórico e contingente.
08) O homem possui uma natureza
preestabelecida.
16) O
existencialismo é uma metafísica de concepção essencialista.
10. (Unesp 2013) Uma obra de arte pode
denominar-se revolucionária se, em virtude da transformação estética,
representar, no destino exemplar dos indivíduos, a predominante ausência de
liberdade, rompendo assim com a realidade social mistificada e petrificada e
abrindo os horizontes da libertação. Esta tese implica que a literatura não é
revolucionária por ser escrita para a classe trabalhadora ou para a
“revolução”. O potencial político da arte baseia-se apenas na sua própria
dimensão estética. A sua relação com a práxis (ação política) é inexoravelmente
indireta e frustrante. Quanto mais imediatamente política for a obra de arte,
mais reduzidos são seus objetivos de transcendência e mudança. Nesse sentido,
pode haver mais potencial subversivo na poesia de Baudelaire e Rimbaud que nas
peças didáticas de Brecht.
(Herbert
Marcuse. A dimensão estética, s/d.)
a) apresentar conteúdos
ideológicos de caráter conservador da ordem burguesa.
b) comprometer-se com as
necessidades de entretenimento dos consumidores culturais.
c) estabelecer uma relação de
independência frente à conjuntura política imediata.
d) subordinar-se aos
imperativos políticos e materiais de transformação da sociedade.
e) contemplar as aspirações
políticas das populações economicamente excluídas.
11. (Unesp 2013) Leia.
O hormônio testosterona
está ligado ao egoísmo, segundo uma pesquisa inglesa. Em testes feitos por
cientistas da University College London, na Grã-Bretanha, mulheres que tomaram
doses do hormônio masculino mostraram comportamento egocêntrico quando tinham de
lidar com problemas em pares. Quando os pesquisadores ministraram placebo às
voluntárias antes dos testes, elas cooperaram entre si. O estudo ajuda a
explicar como os hormônios moldam o comportamento humano.
(Testosterona
pode induzir comportamento egoísta. Veja, 01.02.2012.)
O pressuposto fundamental assumido pela
pesquisa citada para explicar o comportamento humano pode ser identificado com
a) as diferenças sociais de
gênero.
b) o determinismo biológico.
c) os fatores de natureza
histórica.
d) os determinismos materiais
da sociedade.
e) a autonomia ética do
indivíduo.
12.
(Unioeste 2012) “A excelência moral, então,
é uma disposição da alma relacionada com a escolha de ações e emoções,
disposição esta consistente num meio-termo (o meio-termo relativo a nós)
determinado pela razão (a razão graças à qual um homem dotado de discernimento
o determinaria)”.
Aristóteles
Sobre o pensamento ético de Aristóteles e o
texto acima, seguem as seguintes afirmativas:
I. A virtude é uma paixão consistente num
meio-termo entre dois extremos.
II. A ação virtuosa, por estar relacionada
com a escolha, é praticada de modo involuntário e inconsciente.
III. A virtude é uma disposição da alma relacionada
com escolha e discernimento.
IV. A virtude é um meio-termo absoluto, determinado
pela razão.
V. A virtude é um extremo determinado pela
razão e pelas paixões de um homem dotado de discernimento.
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