quinta-feira, 18 de junho de 2015

ABM 2º ANO 2015

ABM 2º ano 2015
Olá Pessoal!

Algumas questões publicadas a seguir entram na ABM do 2º bimestre. Estudem para lograr êxito no resultado. Sucesso.
As questões sublinhadas são as corretas.

1. (Ufsm 2015)  A necessidade de conviver em grupo fez o homem desenvolver estratégias adaptativas diversas. Darwin, num estudo sobre a evolução e as emoções, mostrou que o reconhecimento de emoções primárias, como raiva e medo, teve um papel central na sobrevivência. Estudos antigos e recentes têm mostrado que a moralidade ou comportamento moral está associado a outros tipos de emoções, como a vergonha, a culpa, a compaixão e a empatia. Há, no entanto, teorias éticas que afirmam que as ações boas devem ser motivadas exclusivamente pelo dever e não por impulsos ou emoções. Essa teoria é a ética
a) deontológica ou kantiana.
b) das virtudes.   
c) utilitarista.   
d) contratualista.   
e) teológica.   
  
2. (Uel 2015)  Leia o texto a seguir.

As leis morais juntamente com seus princípios não só se distinguem essencialmente, em todo o conhecimento prático, de tudo o mais onde haja um elemento empírico qualquer, mas toda a Filosofia moral repousa inteiramente sobre a sua parte pura e, aplicada ao homem, não toma emprestado o mínimo que seja ao conhecimento do mesmo (Antropologia).
KANT, I. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Trad. de Guido A. de Almeida. São Paulo: Discurso Editorial, 2009. p.73.

Com base no texto e na questão da liberdade e autonomia em Immanuel Kant, assinale a alternativa correta.
a) A fonte das ações morais pode ser encontrada através da análise psicológica da consciência moral, na qual se pesquisa mais o que o homem é, do que o que ele deveria ser.   
b) O elemento determinante do caráter moral de uma ação está na inclinação da qual se origina, sendo as inclinações serenas moralmente mais perfeitas do que as passionais.   
c) O sentimento é o elemento determinante para a ação moral, e a razão, por sua vez, somente pode dar uma direção à presente inclinação, na medida em que fornece o meio para alcançar o que é desejado.   
d) O ponto de partida dos juízos morais encontra-se nos “propulsores” humanos naturais, os quais se direcionam ao bem próprio e ao bem do outro.   
e) O princípio supremo da moralidade deve assentar-se na razão prática pura, e as leis morais devem ser independentes de qualquer condição subjetiva da natureza humana.   
  
3. (Pucpr 2015)  A preocupação sobre o futuro da natureza e a ação da civilização tecnológica apresenta-se como traços constitutivos do pensamento de Hans Jonas. Neste sentido, o princípio responsabilidade pretende superar as éticas tradicionais, as quais o autor chama de “éticas da similitude”. A respeito da reflexão ética de Hans Jonas, assinale a alternativa INCORRETA.
a) A responsabilidade não tem nenhuma implicância e relevância com relação às futuras gerações, associando- se, assim, com a ética de Kant.   
b) A responsabilidade adquire uma nova dimensão pela técnica que as éticas tradicionais (por exemplo, a ética aristotélica) não comportam, uma vez que estas não apontam para as consequências futuras.   
c) As éticas tradicionais primam pelo antropocentrismo, tornando-se, assim, um problema, pois não buscam um fim imanente também na natureza.   
d) A responsabilidade pelas futuras gerações e pelo todo orgânico são elementos fundamentais na proposta ética de Hans Jonas.   
e) A responsabilidade não pode ser uma relação recíproca, uma vez que tal relação se move incidindo numa ética futurista.   
  
4. (Ufsm 2015)  O biólogo Edward Wilson sustenta que a teoria da evolução explica não apenas a evolução das características físicas predominantes em uma espécie, mas também a evolução de traços sociais (como a divisão social do trabalho, a evolução da linguagem e da moralidade). Se isso é verdade, então aquilo que hoje tendemos a considerar moralmente correto pode ser um produto de nosso passado evolutivo. Se nosso passado evolutivo tivesse sido diferente, é possível que nossa sensibilidade moral hoje também fosse diferente.
Observe as afirmações a seguir, considerando as que são compatíveis com o enunciado da questão.

I. O fato de hoje tendermos a valorizar atos de bondade e compaixão e a desvalorizar atos de crueldade é um traço biológico de nossa espécie que deve ter trazido vantagens adaptativas aos nossos antepassados.
II. Há um conjunto de normas morais que não mudam e que sempre foram adotadas universalmente.
III. A evolução moral está correlacionada com a capacidade adaptativa dos indivíduos e grupos ao ambiente em que vivem.


5. (Unesp 2014)  A condenação à violência pode ser estendida à ação dos militantes em prol dos direitos animais que depredaram os laboratórios do Instituto Royal, em São Roque. A nota emocional é difícil de contornar: 178 cães da raça beagle, usados em testes de medicamentos, foram retirados do local. De um lado, por mais que seja minimizado e controlado, há o sofrimento dos bichos. Do outro lado, está nosso bem maior: nas atuais condições, não há como dispensar testes com animais para o desenvolvimento de drogas e medicamentos que salvarão vidas humanas.
(Direitos animais. Veja, 25.10.2013.)
Sob o ponto de vista filosófico, os valores éticos envolvidos no fato relatado envolvem problemas essencialmente relacionados
a) à legitimidade do domínio da natureza pelo homem.   
b) a diferentes concepções de natureza religiosa.   
c) a disputas políticas de natureza partidária.   
d) à instituição liberal da propriedade privada.   
e) aos interesses econômicos da indústria farmacêutica.  

6. (Enem 2014)  Panayiotis Zavos “quebrou” o último tabu da clonagem humana – transferiu embriões para o útero de mulheres, que os gerariam. Esse procedimento é crime em inúmeros países. Aparentemente, o médico possuía um laboratório secreto, no qual fazia seus experimentos. “Não tenho nenhuma dúvida de que uma criança clonada irá aparecer em breve. Posso não ser eu o médico que irá criá-la, mas vai acontecer”, declarou Zavos. “Se nos esforçarmos, podemos ter um bebê clonado daqui a um ano, ou dois, mas não sei se é o caso. Não sofremos pressão para entregar um bebê clonado ao mundo. Sofremos pressão para entregar um bebê clonado saudável ao mundo.”
CONNOR, S. Disponível em: www.independent.co.uk. Acesso em: 14 ago. 2012 (adaptado).

A clonagem humana é um importante assunto de reflexão no campo da bioética que, entre outras questões, dedica-se a
a) refletir sobre as relações entre o conhecimento da vida e os valores éticos do homem.   
b) legitimar o predomínio da espécie humana sobre as demais espécies animais no planeta.   
c) relativizar, no caso da clonagem humana, o uso dos valores de certo e errado, de bem e mal.   
d) legalizar, pelo uso das técnicas de clonagem, os processos de reprodução humana e animal.   
e) fundamentar técnica e economicamente as pesquisas sobre células-tronco para uso em seres humanos.   
  
7. (Ufsm 2013)  Leonardo Boff inclui a generosidade como uma pilastra de um modelo adequado de sustentabilidade. Ele a caracteriza do seguinte modo: Generoso é aquele que comparte, que distribui conhecimentos e experiências sem esperar nada em troca. Já os clássicos da filosofia política, como Platão e Rousseau, afirmavam que uma sociedade não pode fundar-se apenas sobre a justiça. Ela se tomaria inflexível e cruel. Ela deve viver também da generosidade dos cidadãos, de seu espírito de cooperação e de solidariedade voluntária.

Considere as seguintes afirmações:

I. Segundo o texto, generosidade e justiça podem ser complementares uma à outra.
II. Segundo o texto, se uma sociedade é inflexível e cruel, então ela está fundada apenas sobre a justiça.
III. Já na ética aristotélica, a generosidade é uma virtude e a extravagância e a avareza são os vícios correlacionados a ela.
  
8. (Ufsm 2013)  A economia verde contém os seguintes princípios para o consumo ético de produtos: a matéria-prima dos produtos deve ser proveniente de fontes limpas e não deve haver desperdício dos produtos. O Estado, entretanto, não impõe, até o presente momento, sanções àqueles cidadãos que não seguem esses princípios.

Considere as seguintes afirmações:

I. Esses princípios são juízos de fato.
II. Esses princípios são, atualmente, uma questão de moralidade, mas não de legalidade.
III. A ética epicurista, a exemplo da economia verde, propõe uma vida mais moderada.

  
9. (Uem 2013)  “Para Sartre, principal representante do existencialismo francês, só as coisas e os animais são ‘em si’, isto é, teriam uma essência. O ser humano, dotado de consciência, é um ‘ser-para-si’, ou seja, é também consciência de si. Isso significa que é um ser aberto à possibilidade de construir ele próprio sua existência. Por isso, é possível referir-se à essência de uma mesa (...) ou à essência de um animal (...), mas não existe uma natureza humana encontrada de forma igual em todas as pessoas, pois ‘o ser humano não é mais que o que ele faz’.”
(ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. H. P. Temas de filosofia. 3.ª ed. revista. São Paulo: Moderna, 2005. p. 39).

Com base na citação e nos seus conhecimentos sobre o existencialismo, assinale o que for correto.
01) As coisas e os animais não têm consciência de si.   
02) O ser em si não pode ser senão aquilo que é, ao passo que, ao ser-para-si, é permitida a liberdade de ser o que fizer de si.   
04) A consciência humana é um fator histórico e contingente.   
08) O homem possui uma natureza preestabelecida.   
16) O existencialismo é uma metafísica de concepção essencialista.
10. (Unesp 2013)  Uma obra de arte pode denominar-se revolucionária se, em virtude da transformação estética, representar, no destino exemplar dos indivíduos, a predominante ausência de liberdade, rompendo assim com a realidade social mistificada e petrificada e abrindo os horizontes da libertação. Esta tese implica que a literatura não é revolucionária por ser escrita para a classe trabalhadora ou para a “revolução”. O potencial político da arte baseia-se apenas na sua própria dimensão estética. A sua relação com a práxis (ação política) é inexoravelmente indireta e frustrante. Quanto mais imediatamente política for a obra de arte, mais reduzidos são seus objetivos de transcendência e mudança. Nesse sentido, pode haver mais potencial subversivo na poesia de Baudelaire e Rimbaud que nas peças didáticas de Brecht.
(Herbert Marcuse. A dimensão estética, s/d.)

Segundo o filósofo, a dimensão estética da obra de arte caracteriza-se por:
a) apresentar conteúdos ideológicos de caráter conservador da ordem burguesa.   
b) comprometer-se com as necessidades de entretenimento dos consumidores culturais.   
c) estabelecer uma relação de independência frente à conjuntura política imediata.   
d) subordinar-se aos imperativos políticos e materiais de transformação da sociedade.   
e) contemplar as aspirações políticas das populações economicamente excluídas.   
  
11. (Unesp 2013)  Leia.

O hormônio testosterona está ligado ao egoísmo, segundo uma pesquisa inglesa. Em testes feitos por cientistas da University College London, na Grã-Bretanha, mulheres que tomaram doses do hormônio masculino mostraram comportamento egocêntrico quando tinham de lidar com problemas em pares. Quando os pesquisadores ministraram placebo às voluntárias antes dos testes, elas cooperaram entre si. O estudo ajuda a explicar como os hormônios moldam o comportamento humano.

(Testosterona pode induzir comportamento egoísta. Veja, 01.02.2012.)
O pressuposto fundamental assumido pela pesquisa citada para explicar o comportamento humano pode ser identificado com
a) as diferenças sociais de gênero.   
b) o determinismo biológico.   
c) os fatores de natureza histórica.   
d) os determinismos materiais da sociedade.   
e) a autonomia ética do indivíduo.   
  
12. (Unioeste 2012)  “A excelência moral, então, é uma disposição da alma relacionada com a escolha de ações e emoções, disposição esta consistente num meio-termo (o meio-termo relativo a nós) determinado pela razão (a razão graças à qual um homem dotado de discernimento o determinaria)”.
Aristóteles
Sobre o pensamento ético de Aristóteles e o texto acima, seguem as seguintes afirmativas:

I. A virtude é uma paixão consistente num meio-termo entre dois extremos.
II. A ação virtuosa, por estar relacionada com a escolha, é praticada de modo involuntário e inconsciente.
III. A virtude é uma disposição da alma relacionada com escolha e discernimento.
IV. A virtude é um meio-termo absoluto, determinado pela razão.
V. A virtude é um extremo determinado pela razão e pelas paixões de um homem dotado de discernimento.
  

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